Eficácia, capacidade de sofrimento e alguma sorte. Assim se explica – e se resume – a vitória do Arouca este sábado frente ao Portimonense, no Algarve.

Os visitantes nem sempre foram a melhor equipa em campo, não tiveram tantas chances para marcar, mas souberam aproveitá-las. E, com isso, conquistar três pontos importantes que colocam o Arouca num confortável 7º lugar.

Com dois reforços diretos ao 11 inicial (Rodrigo Martins e Mvoué), o Portimonense entrou algo nervoso.

O Arouca, que também contou com Bambu, aquisição do mercado de Inverno, como titular, começou o jogo mais dinâmico, com mais bola e dispôs da primeira chance.

Cristo, ao minuto 7, ainda marcou, mas o lance foi anulado por fora de jogo de Matias no início da partida.

Escaldado com o susto, o Portimonense equilibrou o jogo, muito fruto das transições rápidas protagonizadas por nomes como Carlinhos e Jasper.

Foi dos pés destes dois que chegou a primeira grande oportunidade do Portimonense… que também acabaria com um golo anulado.

Carlinhos surgiu isolado em boa posição, passou para Jasper, o extremo devolveu ao brasileiro que ainda marcou, mas o lance acabaria anulado por fora de jogo no início da partida (26m).

A partir deste lance, o Portimonense acentuou o ligeiro domínio, apesar de o Arouca até ter mais posse da bola.

Os algarvios podiam ter ido a ganhar para o intervalo, mas Rodrigo Martins não conseguiu coroar a estreia pelo Portimonense com um golo.

Ao minuto 38, o jovem jogador falhou um golo que parecia certo, só com Arruabarrena pela frente.

Na segunda parte, foi o Arouca a voltar a entrar melhor; só que, desta vez, com resultados práticos.

Mujica, que somou o 12º golo na Liga, inaugurou o marcador, numa jogada em que Cristo foi essencial.

O médio tirou dois adversários do caminho antes de servir o avançado espanhol que, na pequena área, não tremeu.

Os visitantes não tiraram o pé do acelerador e rapidamente aumentaram a vantagem, num lance em que Nakamura não fica isento de culpas.

É certo que o livre de Cristo foi bem batido, mas a defesa deficiente do guarda-redes do Portimonense levou, em primeiro, a bola à barra e, em segundo, à cabeça de Matías que, sem oposição, fez um golo fácil.

O Portimonense não baixou os braços e, em abono da verdade, foi sempre procurando o golo que o relançaria na partida.

Ele podia ter surgido ao minuto 57, mas Mvoué fez o mais difícil: sem ninguém na baliza, o médio não foi capaz de encostar para o golo.

Mas não tardou: lançado há minutos, Ronnie Carrillo reduziu para o Portimonense, aguçando a curiosidade para o final da partida.

Os algarvios estavam balanceados para o ataque, sentia-se que o empate poderia surgir… mas até foi o Arouca a voltar a marcar.

Jason fez o terceiro dos visitantes, ao minuto 79, mas o lance acabaria por ser anulado por mão na bola do extremo dos arouquenses.

O Portimonense voltou a ter uma ocasião soberana para marcar, mas o remate de Igor Formiga bateu com estrondo na barra.

No final, venceu quem foi mais eficaz: o Arouca.