Ricardo Esteves entrou aos 87 minutos na goleada da Reggina, no terreno do Catania, e marcou no minuto seguinte (4-1). Uma entrada fulgurante do lateral, que em Itália tem sido utilizado como médio. O português não tem sido opção, logo vê este golo, o segundo em provas oficiais ao mais alto nível, como «um prémio», apontou ao Maisfutebol: «Estou contente porque tenho jogado pouco, mas tenho treinado bem e o golo é um prémio para o trabalho que desenvolvo. Não jogo, mas não baixo os braços.»
O defesa-lateral não desanima, apesar de não atravessar um momento fácil. Ricardo Esteves aponta que mantém a sua forma de estar e não se mostra preocupado com o futuro, que, acredita, não passará por Itália. Inglaterra poderá ser uma possibilidade, mas ainda é prematuro falar no que poderá acontecer daqui a alguns meses: «Estou tranquilo porque sei qual é o meu valor e sei por que tenho jogado pouco. Fico triste por não jogar ou entrar apenas no fim, mas este é meu último ano aqui.»
Certo é que o futuro próximo não passa por Portugal. Depois de ter começado nas escolas do Benfica, Esteves passou pelo Alverca, Sp. Braga, Nacional e Paços de Ferreira. O jogador quer continuar a sua carreira no estrangeiro, pelo menos para já. Até porque não existem propostas de clubes lusos: «Voltar a Portugal? Não. Gostava de regressar mais tarde. Quero fazer mais dois ou três anos fora e depois regressar.»
Esteves chegou a Itália em 2004, para representar a Reggina, por onde já tinham passado Marco Caneira, Paulo Costa e Mamede. Aí marcou o seu primeiro golo no Calcio. Aliás o primeiro em provas oficiais, desde que passou a profissional ¿ estabeleceu o empate frente ao Bolonha (1-1). Entretanto, passou pelo Vicenza, da Série B, e voltou este Verão a Reggio Calabria, com contrato válido por uma época.