A estafeta feminina russa de 4x400 metros vai ser desapossada da medalha de prata olímpica nos Jogos de Pequim 2008, anunciou o Comité Olímpico Internacional nesta sexta-feira, por causa de uma reanálise de doping positiva a uma das atletas. O COI anunciou mais três casos positivos de russos nos Jogos de há oito anos, sendo que o de Anastasia Kapachinskaya, afeta a medalha do coletivo de velocistas. A reanálise de Kapachinskaya revelou estanozol e turibanol, dois esteroides proibidos. «A classificação da prova deverá em consequência ser modificada pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF)», esclarece o COI que, assim, vai promover a Jamaica a medalha de prata e a Bielorrússia, que tinha inicialmente ficado na quarta posição, a medalha de bronze.

O quinto lugar individual de Kapachinskaya nos 400 metros em Pequim também é anulado. Os outros dois casos agora divulgados são os de Alexander Pogorelov, quarto no decatlo - também por turibanol - e Yvan Yushkov, 10.º no peso, por esteroides não especificados. Segundo o COI anunciou antes dos Jogos do Rio 2016, haverá 98 atletas com controlos positivos em Pequim 2008 e Londres 2012, nas reanálises. Os atletas em questão ainda em atividade foram excluídos destes Jogos, enquanto os outros terão os resultados anulados.

Foram reanalisadas 1.243 amostras colhidas em 2008 e 2012, à luz de novos métodos científicos. Esta é a segunda vez que a Rússia perde uma medalha nestas condições na semana em curso: na passada terça-feira soube-se do caso de outra velocista, Yulia Tchermo, o que implicou a perda do título de 4x100 metros em benefício da Bélgica, com Nigéria e Brasil a serem beneficiadas. Na emana passada, o ucraniano Oleksandr Pyatnytsya, vice-campeão do dardo em 2012, foi também desclassificado e obrigado a entregar a medalha.