Niquinha
Cada ruga que tem é uma lição de bola. Numa equipa que conta com tanta juventude (Coentrão, Yazalde, Candeias, Miguel Lopes), o mais velho é um professor em campo. Mais uma vez, deu o primeiro sinal de perigo do jogo, depois foi vê-lo a tentar levar a equipa para a frente. De registar uma abertura fantástica para Candeias, de trivela, quando ninguém estava a ver o extremo sozinho. Não se furtou à luta no miolo. Mesmo que tenha sido o mais baixo a pisar esses terrenos, parecia sempre que saltava mais alto que os outros.
Yazalde
Lutou, lutou, lutou com Robson até à exaustão. É certo que teve uma perdida inacreditável no primeiro tempo, a passe de Candeias, mas ninguém o pode acusar de não se entregar com alma ao jogo. Tomou más decisões, sim, mas foram mais as certas que as erradas. E quem anda lá na frente sozinho sabe que tem de perder algumas vezes, para ganhar qualquer coisa. Foi nessa fé que conseguiu o golo. No meio da confusão, viu onde podia cair a bola e encostou para o fundo das redes.
Coentrão e Candeias
Um jogo muito idêntico dos extremos do Rio Ave, embora o esquerdino tenha tentado ser mais assertivo. Fábio Coentrão bem testou o pontapé, mas não repetiu a proeza do Estádio do Dragão. Já Candeias teve boas iniciativas pelos flancos, quase sempre preferindo o cruzamento ao remate.
Milojevic
Uma grande defesa na primeira parte a remate de Miguel Lopes e outra na segunda, a tiro de Niquinha, foram segurando o nulo. Com os restantes companheiros mais interessados a despachar bola, foi o resistente final do 0-0, até ao minuto em que Yazalde marcou.