Rogério Gonçalves e Pedro Caixinha, treinadores da Naval e do Leiria, respectivamente, em declarações no final da vitória dos leirienses, na Figueira da Foz, neste domingo e da qual resultou o despedimento do primeiro:

Rogério Gonçalves (Naval):

«A nós tudo nos acontece. Entrámos bem, criámos oportunidades, e depois, contra a corrente do jogo, sofremos um golo, que, como viram, foi muito consentido, como aliás, o foi também o segundo. A este nível, os erros pagam-se muito caro. Depois do primeiro golo voltámos a estar por cima, mas não conseguimos marcar. A equipa está ansiosa, nervosa, e a precisar de pontos e encontrando-se a perder jogou mais com o coração do que com a cabeça. O nosso percurso é negativo e não tem sido fácil gerir esta situação de estarmos em último. O Leiria é uma equipa tranquila, e depois de se encontrar a ganhar fechou-se bem, baixou o bloco e soube sair sempre a preceito. Notou-se que havia uma equipa tranquila e outra muito intranquila.»

Pedro Caixinha (U.Leiria):

«Não fiquei totalmente satisfeito em termos de eficácia, acabámos por falhar dois lances caricatos. Mas, por outro lado, mostrámos uma consistência defensiva que ainda não tínhamos conseguido atingir. Controlámos o jogo através da posse de bola, fomos organizados, e não me lembro de nenhuma oportunidade da Naval, por mérito da nossa humildade e posicionamento. Depois de ficarmos reduzidos a dez conseguimos criar duas linhas de quatro homens, e impedir que a Naval criasse perigo.

[Sobre o percurso da U. Leiria] Esta classificação não era esperada no início da época, não era esperada até há bem pouco tempo, e continua a ser inesperada neste momento. Vimos de quatro vitórias consecutivas, a equipa tem vindo a crescer, e tenho de dar os parabéns aos jogadores. Estamos neste momento a três pontos de atingir os 27 a que nos propusemos no início da época a atingir o mais rápido possível. Agora os jogadores vão descansar, e passar um santo natal com as suas famílias. O percurso tem sido fantástico, sempre em crescendo, e cada vez mais próximo daquilo que pretendemos. É claro que o ciclo de vitórias faz com que a confiança seja cada vez maior, mas temos de continuar a crescer e a pensar sempre jogo após jogo.

[Sobre a possível saída de Carlão] Ainda não sabemos nada de concreto, mas é possível que tenha feito hoje a última exibição com a camisola do Leiria. Ele só fez dois treinos, vinha de lesão, mas lutou muito, como é normal, e marcou, como também é normal.»