Demitido no final de outubro último do Barcelona, Ronald Koeman assume que ainda não está pronto para voltar a Camp Nou, mesmo como adepto.

«Com este presidente não posso fingir que nada aconteceu», disse ao diário neerlandês Algemeen Dagblad, citado pelo Mundo Deportivo.

«Eu não era o treinador do Laporta. Tive essa sensação desde o primeiro momento, depois das eleições não houve um 'clique'. Faltou esse apoio de cima, que é necessário. Eu queria muito ter sucesso como treinador no Barça, fazer tudo o que pudesse, mas percebi que Laporta se queria livrar de mim porque não fui escolhido por ele», acrescentou.

O técnico dos Países Baixos revelou ainda que Laporta disse «mil vezes que Xavi não seria o seu treinador, porque lhe faltava experiência».

Koeman admite ainda ter ficado surpreendido pela política de contratações dos blaugrana no mercado de inverno, já que no verão teve de libertar-se de alguns jogadores devido a dificuldades económicas.

«Foi por insistência da direção do clube que concordei com a saída de alguns jogadores para colocar as finanças em ordem. Mas quando vês que eles trazem alguém por 55 milhões de euros [Ferran Torres] logo após deixarem Lionel Messi... Perguntas se não estava a acontecer mais alguma coisa. Porque é que Messi teve de sair?», questionou.

Depois da experiência no Barcelona, o treinador de 58 anos vai esperar pelo verão para avaliar «possibilidades» quanto ao futuro da carreira.