A recepção do V. Guimarães ao Feirense promete dar que falar. Depois de uma manifestação dos adeptos este sábado, Rui Vitória admitiu que «era melhor que tudo estivesse mais estável», adiantando que o desafio dele passa «por proteger o mais possível a equipa, que deve focar-se no trabalho».

«As pessoas podem estar um pouco desanimadas, mas temos grande vontade de pôr o Vitória no caminho correcto, vamos esperar que as coisas vão acalmando e melhorando. Há uma grande dose de confiança porque os jogadores tiveram um desempenho muito bom com o Benfica», garantiu o treinador.

Recuando ao jogo da Taça da Liga da última terça-feira, o técnico recordou que «em condições normais dava para ganharmos». «Foi o jogo em que tivemos a equipa mais personalizada, determinada e agressiva. Os adversários têm de ter cuidado connosco. Estamos a criar uma identidade.»

No entanto, Rui Vitória focou o discurso no adversário. Quim Machado tinha dito no dia anterior que o V. Guimarães «vai querer marcar cedo» e que «isso pode ser benéfico» para o Feirense. «Quando uma equipa quer resolver um jogo de 90 minutos em cinco, o adversário pode tirar partido disso.»

Ora estas palavras não agradaram nada a Rui Vitória. «É fundamental sabermos o que temos que fazer com este adversário, controlar as suas virtudes e pôr as nossas em campo. Se conseguirmos isso, não há adversário que venha com aquela estratégia já um bocadinho bacoca de esperar cinco, dez minutos.»

«Eu sei que se calhar é pedir muito, mas já estou um bocado farto dessa conversa dos treinadores que cá vêm. Já sabemos isso de cor e salteado e estamos preparadíssimos. Os jogadores estão preparados para isso e só peço que os sócios também tenham essa consciência e tivessem um pouco de paciência.»