Mais um susto. Não passou disso mas o maior sobressalto nem foi para a vítima (Saulo) mas para os pais do jogador da Naval, que estão de visita a Portugal, e assistiam ao jogo com o V. Setúbal pela televisão. «Estavam a ver, mais a minha noiva, e ficaram muito preocupados. Sobretudo quando me viram sair de ambulância. Não é fácil ver um filho numa situação destas», revela o autor do golo mais rápido desta época ao Maisfutebol.
A aflição levou-os a entrar de imediato em contacto com o médico dos figueirenses e, felizmente, a mensagem do outro lado foi reconfortante: «Graças a Deus, não foi nada de grave. Só depois é que soube que eles tinham falado com o doutor. Senti uma espécie de estiramento no pescoço, mas está tudo bem. Na quinta, devo tirar o colar cervical e, para a semana, devo voltar aos treinos. Não vai dar para jogar com o Rio Ave, para a Taça, no domingo.»
A jogada, segundo descreve, «aconteceu muito depressa», logo no início da partida. «Aconteceu, ainda por cima, num lance bobo, daqueles em que ninguém espera que aconteça algo assim. Depois, com todo o aparato à minha volta, ainda me assustei mais», conta, agora mais aliviado.
Esta não foi a primeira vez que Saulo teve de sair de ambulância de um estádio. «Na minha primeira época na Figueira, fomos jogar a Barcelos, e levei uma cabeçada que me deixou até uma fractura abaixo do olho», recorda, desejoso de fintar o velho adágio «não há duas sem três». «Espero bem que não! Já chega de sustos.»