Neca estreou-se com a camisola da Selecção Nacional este sábado frente à Tunísia (1-1), num estádio que bem conhece, o Restelo. Antes de partir para a nova concentração da equipa e na «ressaca» de uma noite que o marcará para sempre, o médio do Belenenses afirmou ao Maisfutebol que cumpriu aquilo que Agostinho Oliveira lhe pediu e contou como, aos 81 minutos, quase levantou o estádio com um remate que quase deu em golo.

«Foi uma boa jogada de combinação, de entendimento entre os jogadores, a bola chegou até a mim depois de um passe do Pauleta e eu rematei. Tentei meter a bola no canto da baliza, mas o guarda-redes da Tunísia conseguiu defender», relatou o jogador, que nos segundos precedentes da jogada recebeu um forte aplauso.

Mas a altura em que Neca diz ter sentido o calor do público foi quando entrou no campo. O jogador fez o aquecimento, passou pelo banco e ouviu as instruções de Agostinho Oliveira: «Disse-me para não estar nervoso, deu-me palavras de incentivo e alertou-me para entrar em campo e cumprir as suas instruções da forma que sabia fazer». Pouco depois, aos 79 minutos, viu o quarto árbitro levantar a placa, cumprimentou Petit, e entrou em campo com um aplauso em sintonia dos portugueses. «Na altura nem pensei em nada. Senti apenas uma enorme alegria ao ver e ouvir aquele público a aplaudir-me e a toda a equipa», comentou. No final, teve a recompensa: «Agostinho deu-me os parabéns.»

Neca diz que ficou «bastante contente» por a estreia ter acontecido no Restelo. «Foi pena que o resultado não tenha sido outro, mas consegui estrear-me bem. Tentei fazer o meu melhor e penso que cumpri», analisou.

Agora o próximo jogo da selecção será frente à Suécia. Um adversário mais forte que a Tunísia. Neca tem consciência disso e espera poder jogar novamente. «É um adversário mais difícil, mas vamos lá para trazer um bom resultado. Gostaria de jogar mais uns minutos, mas essa decisão pertence ao mister»