Fernando Santos não gosta da palavra «renovação» e rejeita, de resto, a obrigatoriedade de dar sangue novo à Seleção. O novo selecionador garante escolher os melhores, seja qual for a idade.

«Não há bilhetes de identidade. Essas coisas, feitas por empurrão, não vão a lado nenhum. No Mundial a Grécia tinha um jogador com 35 anos e outro com 36, o Katsouranis e o Karagounis. Mas também 17 dos 23 jogadores foram lançados por mim. Era uma seleção que ia dos 18 aos 36 anos», começou por recordar.

«É um processo aberto. Não gosto da palavra renovação, pois parece que os velhos vão para o lixo e os novos vão tomar conta disto. Vamos estar muito atentos ao percurso da formação. Não serei juiz dos treinadores da formação, mas vamos ter que partilhar ideias. Tanto faz ter 17 anos ou 35. Se tiver valor, vem», acrescentou.

Na sua intervenção inicial o presidente da Federação Portuguesa de Futebol deu especial destaque a este aspeto, referindo que «sem sucesso desportivo na seleção A uma parte do investimento na formação fica comprometido».

Questionado se lhe tinha sido pedido expressamente que apostasse mais em jogadores jovens, Fernando Santos respondeu que o «objetivo principal é a equipa estar presente no Euro». «Isso é importante no aspeto desportivo como no aspeto económico. Isso condiciona as condições que se podem dar a outras áreas, como a formação ou até a comunicação. Há mais possibilidades de investir», começou por dizer.

«Mas também ficou claro quando o presidente explicou o projeto, a sua dinâmica. A Federação passou a ter um departamento técnico nacional e isso quer dizer que vamos estar todos a trabalhar em conjunto. E isso inclui também uma aposta na formação», acrescentou.