A Operação Arménia começou longe do relvado. O dia 1 ficou marcado pela concentração dos jogadores em Almancil, sem lugar a treino, substituído por trabalho no hotel. Foi dia de apresentação de um dos dois estreantes dos 24 convocados de Fernando Santos, e de ponto da situação de um veterano. Dia de falar de renovação e também de andar às voltas com a ideia de que Portugal facilita frente a adversários que a teoria diz serem mais acessíveis.

Começando pelos novos, o bracarense Tiago Gomes falou de um sonho tornado realidade e da sensação de ter chegado «ao topo da carreira». «Basta dizer que num dia recebi mais mensagens e telefonemas do que recebo no mês inteiro», sorriu. Também rejeitou a ideia de que esteja em vantagem sobre Raphael Guerreiro, o outro estreante convocado para o lugar em aberto no lado esquerdo da defesa.

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Ao lado de Tiago Gomes, Bruno Alves falou da experiência inversa, a tendência para perder espaço na seleção. Com o regresso de Ricardo Carvalho às escolhas do treinador é esse o horizonte que se abre para o central. Que diz aprovar a renovação, e «respeitar as decisões» do treinador.

Sem problemas físicos relatados entre os 24 convocados de Fernando Santos, a equipa concentrou-se ao início da tarde. Com as novidades dos regressos de Bosingwa e Postiga, que se juntaram a Ricardo Carvalho e Tiago, jogadores que Fernando Santos já tinha recuperado na convocatória anterior.


Os últimos a chegar foram Cristiano Ronaldo e Pepe, que ficaram umas horas mais em Madrid para uma cerimónia em que CR recebeu um prémio, na verdade dois.
 
 


Portugal recebe a Arménia na sexta-feira (19h45), no Estádio do Algarve, na corrida para o Euro 2016. Um jogo a sério, antes de um particular de luxo, frente à Argentina, na terça-feira. O encontro que conta, no entanto, é este. Frente a um adversário bem menos cotado, sim, mas o passado recente da seleção gritou à evidência que não é boa ideia contar com isso.

Bruno Alves falou precisamente disso, da ideia de que Portugal facilita contra estes rivais. «O futebol é muito imprevisível. Temos que enfrentar todos os adversários com o mesmo respeito e a mesma vontade. É assim que vamos representar o nosso país», respondeu.

Também acrescentou que «a Arménia tem complicado sempre a vida aos adversários que defronta». O que faz sentido se recordarmos, por exemplo, o histórico com Portugal. Em quatro confrontos, primeiro em 96/97 e depois em 2007, a Seleção Nacional venceu dois e empatou outros dois.

Nesta qualificação, a Arménia começou por perder na Dinamarca e empatou em casa com a Sérvia. Embora tenha jogadores com experiência no futebol de elite europeu, nesta altura é última no grupo, e não atravessa o seu melhor momento: em oito jogos no ano de 2014, só venceu um.

A Arménia também começou nesta segunda-feira a preparação para o jogo com Portugal, ainda em casa.
 
O suíço Bernard Challandes, selecionador arménio, conta com o regresso de Henrikh Mkhitaryan, o médio do Dortmund, que não treinou nesta segunda-feira mas tinha chegada prevista para mais tarde, tal como o avançado Gevorg Ghazaryan, do Olympiakos, e o defesa Hovhannes Hambardzumyan, que joga na Macedónia. David Manoyan, médio do Krasnodar, trabalhou à parte.

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