*António Ramos

Portugal jogava na partida contra a Polónia a passagem à fase final do Europeu de sub-21, algo que poderia conseguir pela terceira vez consecutiva. E apesar da vantagem de 1-0 trazida da Polónia, no final, sorriram os polacos.

Na verdade, contrariamente ao jogo da primeira mão, a equipa portuguesa não foi tão forte como se previa, deixando-se surpreender com dois golos madrugadores, os quais penalizaram de forma decisiva as intenções de Portugal poder estar presente na fase final deste campeonato, quando, mercê da confortável vitória fora de portas, tudo levava a crer que em solo português isso seria possível.

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O selecionador nacional, Rui Jorge, bem avisara que a curta vantagem trazida na bagagem poderia ser uma mera ilusão e o que é certo é que esse conforto cedo se esfumou.

Na verdade, a equipa portuguesa entrou em campo meio adormecida, apresentando um jogo incaraterístico. Tímida na forma como atacava a bola, e até com níveis de desconcentração, Portugal deu espaço ao adversário que pegou no jogo logo nos minutos iniciais.

E logo aos cinco minutos, a Polónia foi feliz, obtendo o primeiro golo, que empatava o play-off. Um balde de água fria que coincidiu com o cair da já fria noite flaviense.

Não refeita deste percalço, a equipa portuguesa viu-se então em desvantagem, logo três minutos depois. A linha defensiva lusa não soube aliviar da melhor forma uma bola do ataque polaco e Kownacki surgiu oportuno a cabecear para 0-2.

Depois disso, bem tentaram remar contra a maré os comandados de Rui Jorge. Mas o primeiro lance de perigo iminente na baliza adversária aconteceu aos 16 minutos numa combinação entre Diogo Jota e João Carvalho, mas o esférico perdeu-se pela linha de cabeceira.

E do outro lado, a Polónia voltou a mostrar uma eficácia extrema ainda antes da meia-hora, Com Szymanski a aparecer entre a linha da defesa portuguesa e Joel Pereira a empurrar de pé esquerdo para o 0-3.

Reação rápida… mas fugaz

O tempo complementar teria de ser épico para Portugal conseguir o apuramento, precisando, no mínimo de empatar o jogo.

De facto, a equipa entrou de rompante, lançada no ataque e aos 49 minutos, Diogo Gonçalves deu o aviso com remate que levava a direção certa. Só que o guardião Grabara soube contrariar as intenções do português.

Se o aviso estava dado, logo foi concretizado pela cabeçada certeira de Diogo Jota, aos 51 minutos, que fez renascer a esperança da reviravolta, algo que os cerca de 6.000 espectadores presentes no estádio desejavam.

Os polacos já tinham reentrado em jogo mais recuados, a defenderem o precioso pecúlio de três golos conseguidos na primeira parte.

Rui Jorge fez as alterações possíveis, na tentativa de conseguir reforçar a frente de ataque, mas as intenções portuguesas foram encontrando uma bem escalonada defesa polaca que foi contrariando as intenções lusas, que assim viram goradas as esperanças de marcarem presença na fase final do Europeu sub-21.