Carlos Queiroz retomou a tradição de atribuir um cognome à Selecção Nacional, iniciada na campanha do Mundial de 1966, com os «magriços», seguindo-se, depois, os «patrícios» (Euro-84), os «infantes» (Mundial-86) e os «lusitanos» (Euro-96). Depois da campanha de Inglaterra, a tradição perdeu força, embora com António Oliveira se tenha falado nos «tugas» no Mundial-2002. Agora, com África do Sul à vista, o seleccionador sugeriu o nome de «os navegantes» para retomar a tradição perdida na era de Scolari.

No decorrer do estágio da Covilhã, chegou-se a falar nos «pastores», pelo facto dos jogadores estarem a treinar em plena serra. Mas o seleccionador entende que o regresso a África é um bom pretexto para homenagear os «navegadores» dos Descobrimentos. «Pelo tributo que temos de fazer aos nossos antepassados e à maior epopeia da história dos portugueses. Dividiram o Mundo ao meio com a Espanha e chegaram ao Japão. Temos ali um simbolismo, mas acho que o termo navegadores adaptava-se mais a esta circunstância de jogarmos na África do Sul, num sitio onde dobramos aquele cabo», referiu.

Um cabo que Queiroz prefere que seja o da «Boa Esperança» em detrimento do «Adamastor». «A nossa campanha permite falar mais em Cabo de Boa Esperança do que Adamastores. Prefiro abordar o Cabo da Boa Esperança como símbolo de motivação, atracção e desafios. Nesse sentido, acho que navegadores é o termo que se aplica melhor à selecção», acrescentou.

As «alcunhas da selecção

Mundial-66: «Os magriços»

Euro-84: «Os patrícios»

Mundial-86: «Os infantes»

Euro-96: «Os lusitanos»

Euro-2000: -

Mundial-2002: «Os tugas»

Euro-2004: -

Mundial-2006: -

Euro-2008: «Os viriatos»

Mundial-2010: «Os navegadores»