Carlos Silva, vice-presidente desportivo da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), faleceu na manhã deste domingo, vítima de doença prolongada, no dia em que a Selecção Nacional se concentra para o jogo particular com o Brasil em Inglaterra.
É o adeus a um dirigente carismático que dedicou toda a sua vida ao desporto, em particular ao futebol. Nasceu a 9 de Abril de 1934, jogou futebol durante 17 anos, doze dos quais no Belenenses, o seu clube do coração. Depois assumiu a carreira de treinador ao longo de 27 anos destacando-se nas passagens pelo Olhanense, Atlético e, naturalmente, pelo Belenenses.
Do percurso enquanto dirigente, e além da Vice-Presidência Desportiva e da Direcção do Departamento de Futebol e Formação da FPF, Carlos Silva foi Presidente da Direcção do Sindicato Nacional de Treinadores de Futebol (seis anos) e da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (cinco anos), onde foi ainda Presidente do Conselho Fiscal (três anos).
Entre as muitas distinções que recebeu ao longo da sua vida, destaca-se a Ordem de Mérito Desportivo, atribuída pela Presidência da República, e a Medalha de Ouro de Mérito Internacional, da parte da FPF.
«É uma notícia muito triste para mim, porque perdi um amigo, mas também para o futebol português porque perdeu um dos seus grandes nomes. Na Selecção Nacional, Carlos Silva era um elemento acarinhado por todos. O seu carácter, a sua experiência e sabedoria, para além do seu enorme coração marcaram todos os jogadores, técnicos e staff que tiveram ocasião de privar com ele. A toda a família e amigos, e em especial à Selecção Nacional, envio, em nome da FPF, as mais sentidas condolências», afirmou Gilberto Madaíl num comunicado publicado no site oficial da FPF.