As Associação de Pais reconheceram este sábado que foram cumpridas as expectativas dos sindicatos de professores em relação à adesão à «Marcha da Indignação», mas apelaram a que se mantenha o diálogo com o Ministério da Educação.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais apelou à «serenidade e à calma», considerando que é necessário que o Ministério e os professores continuem o caminho do diálogo.

Confrontado com os mais de 100 mil professores que aderiram à manifestação de protesto pelas políticas educativas do Governo, Albino Almeida reconheceu que «as expectativas dos sindicatos foram cumpridas».

Ministra não comenta marcha

«Moção de censura ao Governo»

O responsável da Confap lembrou, contudo, que os portugueses deram a este Governo «um mandato de quatro anos», considerando por isso que a ministra da Educação «tem toda a legitimidade [para continuar no cargo], como os sindicatos têm toda a legitimidade de se manifestar e expressar as suas posições».

«É preciso vontade de aproximação dos dois lados», comentou Albino Almeida.

A Confap sublinha que não se revê nas razões da convocação da marcha e que a agenda das associações de pais não coincide com a dos sindicatos de professores.

«A nossa agenda está a ser cumprida pelo Ministério da Educação», afirmou Albino Almeida, dando como «bons exemplos», o aumento do horário do funcionamento das escolas e a generalização das refeições nas escolas do primeiro ciclo.