O Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, defendeu hoje que a nomeação da magistrada Maria Helena Fazenda para dirigir a equipa que vai investigar os homicídios na noite do Porto foi feita na «altura certa», informa a Lusa.

«Foi na altura certa, quando tinha que ser», disse Fernando Pinto Monteiro, quando questionado pelos jornalistas sobre a razão por que só agora decidiu criar uma equipa especial para investigar todos os inquéritos relacionados com homicídios ocorridos no Porto e ligados ao submundo da noite.

O PGR falava à margem da conferência sobre o tema «30 Anos de Estatuto dos Juízes em Democracia: Implicações e Perspectivas», promovida pela Associação de Juízes pela Cidadania e que decorreu no Tribunal da Boa Hora, em Lisboa.

A magistrada reporta directamente ao PGR, «para todos os efeitos do presente despacho», refere uma nota emitida quarta-feira pelo gabinete de Pinto Monteiro.

Um segurança foi assassinado ao final da noite de domingo em Gaia, sendo, segundo fonte policial, o mesmo homem que acompanhava o empresário da noite Aurélio Palha, morto a tiro no final de Agosto, no Porto. O crime de domingo à noite, em Gaia, ocorreu doze dias depois de um outro segurança ter sido abatido na zona ribeirinha da Alfândega.