A magistrada Maria José Morgado revelou esta terça-feira que a Equipa de Coordenação do Processo Apito Dourado (ECPAD) efectuou 65 interrogatórios, fez 38 diligências externas de recolha de prova, 12 perícias e percorreu um total de 32.910 quilómetros, noticia a agência Lusa.

Falando na tomada de posse como directora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, funções que acumula com as que desempenha na ECPAD, Maria José Morgado adiantou que esta equipa efectuou, também, mais de 142 notificações de decisão final.

Segundo a magistrada, a ECPAD está a «aproximar-se da fase final do trabalho» no caso Apito Dourado/corrupção no futebol, em que «obteve a resolução de quase todos os inquéritos por corrupção desportiva».

Na opinião da magistrada, a metodologia adoptada com a criação do ECPAD, que resulta da sua composição policial e de magistrados, «tem providenciado um especial activismo probatório, com celeridade excepcional».

No entanto, observou, «as dificuldades acrescidas na conclusão destes casos têm sido resolvidas firmemente pelos elementos da equipa», que junta magistrados do Ministério Público, inspectores da PJ, técnico de Justiça e oficial de segurança.

Falando ainda sobre a metodologia seguida para o caso Apito Dourado, a magistrada destacou que, «quando à vontade funcional se alia o apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR) e apoio político-criminal, obtém-se mudanças qualitativas de trabalho e resultados».

Segundo uma nota oficial da PGR, divulgada a 21 de Março, dos 30 inquéritos pendentes por corrupção desportiva que a Equipa de Coordenação do Processo Apito Dourado «herdou» a 2 de Janeiro, quando iniciou funções, 12 findaram, dos quais seis resultaram em acusação e seis foram arquivados.