Os funcionários públicos vão sair à rua a partir de sexta-feira, para mostrar ao Governo o seu descontentamento com as medidas que têm sido aplicadas na Administração Pública, noticia a agência Lusa. Os protestos terminam com uma greve, após uma semana de luta.

O novo diploma dos vínculos, carreiras e remunerações, o congelamento de escalões, a imposição de quotas no sistema de avaliação e o aumento da idade de reforma são algumas das matérias que levaram a Frente Comum de sindicatos da Administração Pública (CGTP) a convocar esta semana de luta.

O ponto de partida, esta sexta-feira, é um encontro nacional de dirigentes e delegados sindicais do pessoal não docente dos ensinos básico e secundário, em Lisboa, que terminará com um desfile até ao Ministério da Educação.

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No sábado, realiza-se a «marcha de indignação dos professores», que protestam também contra a forma de aplicação do sistema de avaliação aos professores e o futuro sistema de gestão das escolas. Segundo fonte sindical, esta deverá ser a maior manifestação de professores dos últimos tempos.

No dia 12 de Março, será a vez dos trabalhadores da Administração Local saírem à rua para mostrar o seu descontentamento, com uma concentração na Praça do Comércio, seguida de um desfile para a residência oficial do primeiro-ministro.

Francisco Santos Bráz, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) prevê «um desfile muito bom», em termos de participação, dada a mobilização mostrada pelos trabalhadores.

No início da concentração será entregue um ofício no gabinete do secretário de Estado da Administração Local a lembrar as questões que continuam a aguardar resposta por parte do Governo, nomeadamente a forma como será aplicado o novo sistema de avaliação na administração local e o diploma de vínculos e carreiras.

A Semana de Luta termina com uma greve, dia 14 de Março, e com uma manifestação dos trabalhadores da Administração Central, convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública.

A semana de protesto tem também como objectivo a defesa do vínculo de nomeação de emprego público e da estabilidade de emprego e defesa da revisão intercalar dos salários.