Promovido pelas associações de estudantes da escola, o protesto dos alunos, que juntou cerca de 200 dos 240 estudantes da escola, decorreu à entrada do estabelecimento de ensino, tendo durado quatro horas, entre as 8h00 e as 12h00.
Concentrados no local, os estudantes, entre assobios e buzinadelas, entoaram palavras de protesto contra o novo regime de faltas aplicável aos alunos dos ensinos básico e secundário e o calendário dos exames nacionais de acesso ao Ensino Superior.
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A presidente da associação de estudantes, Ana Contreiras, justificou o protesto com a necessidade dos alunos «expressarem o seu descontentamento» contra um regime de faltas que considerou «injusto» e um calendário «muito apertado» dos exames nacionais.
«Se um aluno ultrapassar o limite de faltas determinado para cada disciplina, que corresponde ao triplo do número de aulas semanais de cada uma, sejam justificadas ou injustificadas, é obrigado a fazer uma prova suplementar para não chumbar o ano», explicou.
Quanto ao calendário deste ano lectivo para a realização dos exames nacionais de acesso ao Ensino Superior «é muito apertado», lamentou Ana Contreiras, explicando que «há alunos com mais de um exame marcado por dia» e, por isso, «vão ter pouco tempo para estudar».
O presidente do concelho executivo da escola, Francisco Tuni, apesar de se escusar a «apreciar» as razões do protesto dos alunos, limitou-se a dizer que o novo regime de faltas pretende «responsabilizar o aluno» e «dar-lhe uma outra oportunidade, em vez de o reter ou excluir por ultrapassar o limite de faltas».
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