A figura: Éder

Enormes cargas de trabalho na sucessão de Lima, não merecendo as interrogações levantadas em relação à sua capacidade para responder ao desafio. Ao terceiro jogo, o prémio justo pela irreverência. Um, dois golos, remates aparentemente fáceis mas que teimaram em não resultar em golo nas partidas anteriores.

O momento: Beto traído pela confiança

O Rio Ave apresentou-se no Estádio AXA sem grande ambição mas logrou, no primeiro remate enquadrado com a baliza, empatar o encontro. Edimar disparou forte de livre, é certo, mas Beto viu mal a trajetória da bola e foi traído pelo excesso de confiança. Com chuva e vento, tentar agarrar uma bola daquelas é arriscado. Ela entrou. Foi perdoado de imediato pelos adeptos e a equipa compensou essa falha pontual.

Outros destaques:

Ruben Micael

Uma autêntica carraça no retângulo de jogo, nem sempre mede com precisão o esforço empregue em cada lance. De qualquer forma, conquistou José Peseiro e os adeptos, numa equipa a denotar alguma falta de confiança, agradecem a entrega de Ruben Micael. Esteve nos três primeiros golos do Sp. Braga. Andou no meio da confusão no primeiro, assumiu-se como assistente nos dois seguintes. Bom cruzamento com o pé esquerdo para Amorim e passe altruísta para Éder, para finalização à boca da baliza.

Ruben Amorim

Uma das novidades de José Peseiro, recebeu de Alan o corredor direito para explorar. Não é um extremo, longe disso, mas foi acumulando algumas intervenções de boa qualidade e viria a marcar um golo importante, denotando instinto na área. Belo cabeceamento após solicitação de Ruben Micael, fazendo o 2-1 que arrumou com o Rio Ave.

Douglão

Douglão recuperou o lugar perdido para Nuno André Coelho e provou de novo que, nesta fase, tem perfeitas condições para se assumir como patrão da defesa do Sp. Braga. Para além disso, é uma arma extremamente importante nos lances de bola parada ofensivos, face ao seu poderio físico.

Edimar

Numa equipa demasiado verde e com uma toada defensiva condenável, Edimar foi uma lufada de ar fresco pela qualidade de jogo. Bom desempenho no lado esquerdo da defesa e um golo vindo do nada que assustou os arsenalistas. Remate forte na cobrança de um livre direto, rara ameaça para a baliza de Beto, contando com a contribuição do guarda-redes para balançar as redes. Já tinha marcado em Alvalade.