André Horta contou, numa conversa com o irmão, Ricardo, no Instagram do Maisfutebol, o que o levou a regressar a Braga depois de duas temporadas no Los Angels FC, nos Estados Unidos. O médio começa por contar que a possibilidade de jogar na mesma equipa do irmão foi determinante, mas também revela que a persistência do presidente António Salvador, que o tentou contratar ainda antes de se estrear na Major League Soccer (MLS), também teve peso na sua opção.

Depois de duas temporadas na MLS, em que jogou pouco, André Horta estava determinado em regressar a Portugal e quando surgiu a oportunidade de se juntar ao irmão em Braga, não pensou duas vezes. A possibilidade de poder voltar a estar junto do irmão mais velho teve um peso determinante.

«Cem por cento. Era a prioridade. Por todo um conjunto de fatores, mas o maior foi sempre ele», começa por contar, antes de revelar também a interferência de António Salvador. «Uma palavra também para o presidente, nunca perdemos contato. É uma pessoa muito próxima, dou-me muito bem com ele, com as devidas distâncias, ele como presidente, eu como jogador, mas nunca perdemos contato, o que também foi importante», acrescentou.

André Horta já tinha jogado no Sp. Braga, por empréstimo do Benfica, antes de ser vendido pelo clube da Luz, em 2018, ao Los Angeles FC.  O médio viajou para os Estados Unidos em junho, já a meio da temporada, sabendo que não poderia jogar antes de agosto, altura em que a sua inscrição estaria regularizada na liga norte-americana. A ideia era ambientar-se ao país antes de começar a jogar. Foi nessa altura que foi surpreendido por um telefonema de António Salvador.

«Lembro-me que estava lá há um mês, tinha ido em junho, só podia ser inscrito a 10 de agosto, mas fui antes para me adaptar. Ele viu que ainda não tinha feito nenhum jogo e ligou-me. Foste para aí para não jogar? Olha que o mercado aqui só fecha a 31 de agosto, ainda vamos a tempo de voltares. Eu já tinha sido convocado para um jogo, mas ainda não tinha jogado. Cheguei a meio da época, já lá estava há um mês e tal, mas ainda não estava inscrito. Ele queria que eu voltasse. Foi muito engraçado», contou.

O facto de Abel Ferreira ser o treinador também teve influência na decisão de André, mas foi definitivamente a presença de Ricardo no plantel que o levou a optar, sem hesitações, pelo Braga. «O treinador também pesou, mas o meu irmão é que foi determinante. Sabemos que não podemos jogar juntos para sempre, mas só saber que podia voltar, a prioridade era sempre o Braga. O meu irmão é a pessoa que tem mais influência na minha vida, mantém-me na ordem», contou ainda.