Para além do aumento de capital social da SAD, o Sporting aprovou este domingo em assembleia geral a constituição, a favor dos bancos financiadores de um novo empréstimo de 68 milhões, «de uma hipoteca sobre o direito de superfície nulo do Estádio Alvalade e do Edifício Multidesportivo».
Significa isto que o Sporting hipoteca o direito de construção na superfície do estádio e do multiusos a favor do BES e do BCP como garantia do cumprimento financeiro: no fundo não se trata da hipoteca do estádio (essa já está dada desde a construção) mas só do direito de superfície.
Refira-se que esta hipoteca servirá de garantia para cumprimento de empréstimo de 68 milhões que o Sporting quer contrair, e para o qual obteve este domingo autorização aos sócios, empréstimo esse que serve para pagar a dívida do Sporting à SAD e da SAD perante os dois bancos: BES e BCP.
Ainda para pagamento da dívida aos bancos, no âmbito da restruturação financeira, o Sporting obteve autorização para emitir 80 milhões de euros de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis em acções (VMOC) a favor dos bancos, os quais terão uma maturidade de 12 anos.
As VMOCS referem-se a dívidas de 24 milhões de euros ao BES e de 56 milhões de euros ao BCP. Se no final destes doze anos o Sporting não pagar a dívida de 80 milhões, as VMOC podem ser convertidas em ações e os bancos ficar com mais de 50 por cento da SAD leonino.
Para já, e numa altura em que as VMOC de 2011 ameaçavam o controlo da SAD (os bancos podiam a qualquer altura convertê-las em ações e com isso garantir a maioria do capital social), Bruno de Carvalho garantiu que durante doze anos o clube mantém mais de 50 por cento da SAD.
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