O início da fase de instrução do processo do ataque à Academia do Sporting, em Alcochete, foi interrompido nesta terça-feira devido a um engano dos serviços prisionais. Isto porque os arguidos foram transportados para o Montijo, quando deviam ter ido para Lisboa.

Após dois adiamentos, e apesar de enfrentar um novo pedido de escusa por parte de um advogado, o juiz Carlos Delca decidiu avançar com as diligências, declarando o caráter «de natureza urgente» do processo, alegando ainda que aquela é uma «forma hábil de empatar o tempo» por parte dos arguidos.

Na sessão, Bruno de Carvalho fez-se representar pelo advogado Miguel Fonseca, que se opôs à presença da comunicação social na sala e que viu a procuradora do Ministério Público Cândida Vilar contestar o pedido, manifestando surpresa uma vez que o antigo presidente do Sporting dá «entrevistas sucessivas» a vários órgãos de comunicação social.

A seguir a isso, foram ainda entregues requerimentos para a nulidade do início da fase da instrução devido à ausência dos arguidos presos preventivamente.

O certo é que, se não houver nenhum contratempo, durante a tarde terá início a fase de instrução, em que está previsto serem ouvidos quatro arguidos da invasão à Academia do Sporting, em Alcochete: Hugo Ribeiro, Celso Cordeiro, Sérgio Santos e Elton Camará.

Quarta-feira, entre as 10h00 e 14h00, estão marcados os interrogatórios a Eduardo Nicodemus e a Bruno de Carvalho.