Ruben Amorim, treinador do Sporting, em declarações aos jornalistas após a vitória no dérbi sobre o Benfica por 2-1:

[Vitória de alma de uma equipa num jogo muito intenso?]

«Sim, acaba por ser quando um jogo é decidido no fim. Tem de existir alma de toda a gente, dos jogadores e dos adeptos, pelo ambiente no estádio antes daquela bola parada. Foi uma vitória disso e também de muita competência num jogo em que os golos foram marcados em fases em que não dá muito para responder. Dava no primeiro no primeiro, que ajuda sempre uma equipa a entrar melhor no jogo, mas mesmo assim senti depois a equipa um bocadinho ansiosa com a bola. Mas fomos melhores defensivamente, fomos melhores a condicionar o jogo do Benfica, que é uma equipa muito difícil de marcar porque os jogadores às vezes não têm uma posição certa. Temos de nos adaptar e eles conseguiram fazer isso. Voltámos ter algumas saídas em que a definição não foi boa e escolhemos o homem errado. Foi um jogo dividido com golos antes do intervalo e depois no fim num dérbi onde às vezes não jogamos tão bem, mas em que fomos muito competentes. Poderia ter caído para os dois lados mas, mesmo assim, acho que é uma vitória justa.»

[Sobre a exibição de St. Juste e a substituição de Gonçalo Inácio depois de dois erros. Deveu-se ao nervosismo ou outra coisa?]

«Foi tudo. Mas foi mais gestão física. A bola parada ficou também preparada, porque sabemos que o Diomande também o faz e sabíamos que havia jogadores rápidos no Benfica a entrar. Não quis tirar o Coates porque estava muito bem no jogo e com capacidade na bola parada.

O St. Juste fez uma exibição num estilo de jogo que o ajudou. Ele é o jogador que conseguia apanhar o Rafa sempre que ele sprintava. No fim sentiu [o desgaste] porque fez muitos piques. Não tem uma sequência de jogos em que conseguimos fazer um crescimento físico dele muito sustentado, mas acho que aguentou-se muito bem durante o jogo. Teve qualidade com a bola, se calhar um bocadinho mais do que o Inácio, mas também arriscou menos do que ele.»