Entre duas idas ao Minho, Guimarães e Moreira de Cónegos, O Sporting somou oito vitórias consecutivas na Liga e, ao fim de 21 jogos realizados na Liga, soma exatamente os mesmos 55 pontos que tinha, por esta altura, em 2020/21, no ano do último título da equipa de Ruben Amorim. Um bom pretexto para, com a ajuda da Sofascore, compararmos os números das duas temporadas e tentar perceber se os leões estão, mais uma vez, nos carris do título. 

Três anos depois, o Sporting volta a somar 55 pontos no final de fevereiro. Em 2020/21, por esta altura, com 21 jogos realizados, os leões ainda não tinham perdido, somavam 17 vitórias e quatro empates. O atual Sporting, com um jogo em atraso, mas com os mesmos 21 jogos, até conta com mais uma vitória (18), mas já consentiu duas derrotas, a primeira na Luz (1-2), a segunda em Guimarães (2-3), antes da atual sequência de oito triunfos.

Os mesmos pontos entre as duas temporadas, mas uma diferença enorme entre os golos marcados e golos sofridos, a deixar, desde logo, uma marca diferenciadora no percurso dos dois plantéis. O atual Sporting marca muito mais, mas também sofre mais do que o último Sporting campeão. Os números são claros. A atual equipa de Ruben Amorim, com os dois golos ao Moreirense, acaba de chegar aos 60 golos, enquanto a equipa do último título, com 21 jogos, contava apenas 42. Uma diferença de 18 golos.

Ainda no aspeto ofensivo, o atual Sporting cria mais oportunidades do que o Sporting de há três anos, com uma média 3.67 oportunidades por jogo, contra 2.86 oportunidades por jogo há três anos.

Por outro lado, o atual Sporting já consentiu 19 golos, enquanto o do último título, por esta altura, tinha permitido apenas 10. Quase metade. Há três anos os leões concediam aos adversários uma média inferior a uma oportunidade por jogo (0.95), enquanto agora permitem mais do que uma (1.19 ). Nestes primeiros 21 jogos, o Sporting conseguiu terminar apenas nove jogos sem sofrer golos, enquanto em 2020/21, com o mesmo número de jogos realizados, já contava com 13 jogos com a baliza inviolada.

Outra grande diferença está na vantagem sobre os adversários diretos na classificação. O atual Sporting, nesta altura, nem está em primeiro, está no segundo, apesar de somar os mesmos pontos do que o Benfica e de contar com um jogo em atraso. Os leões somam depois mais sete pontos do que o FC Porto e já mais doze do que o Sp. Braga.

O Sporting que conquistou o último título, por seu lado, por esta altura, estava bem mais confortável. Para já, estava destacado no primeiro lugar, depois contava com mais nove pontos do que o Sp. Braga, mais dez do que o FC Porto e mais treze do que o Benfica. O título estava bem mais à vista do que o panorama atual.

Nas duas temporadas em comparação, os leões contavam com um jogador no topo da lista dos melhores marcadores. Há três anos era Pedro Gonçalves, com 23 golos (esta época soma 8 golos e 9 assistências), mais um do que Seferovic (Benfica) e mais sete do que Taremi (FC Porto). Este ano é Viktor Gyökeres, com 16 golos, mais um do que Simon Banza (Sp. Braga) e mais três do que Rafa Mujica (Arouca).

A verdade é que o atual Sporting remata mais e tem mais posse de bola do que há três anos. A atual equipa de Ruben Amorim conta com uma média de 16.8 remates por jogo, contra 14.1 dos leões de há três anos. A atual equipa também tem, em média, uma posse de bola de 58,7 porcento, um número ligeiramente superior à média do último título verde e branco, que era, por esta altura, de 57.4 por cento.

Em conclusão, a comparação do atual Sporting com o Sporting do último título, demonstra-nos que a atual equipa é bem melhor no ataque, mas também bem mais permissiva na defesa.

Veja os números da Sofascore:

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