Ruben Amorim, treinador do Sporting, em declarações na flash interview à Sport TV, após a derrota com o FC Porto em Alvalade, por 2-1, na 20.ª jornada da Liga:

«[O que falhou?] São os detalhes. Temos perdido estes jogos nos detalhes. Não os conseguimos ganhar porque, por vezes, não fazemos golo quando temos de fazer e falta-nos alguma maturidade competitiva em comparação com o FC Porto. Mas diria que são os detalhes. Há anos assim… ressaltos que dão para eles e outros ressaltos que não dão para nós. Não há muito a esconder, voltámos a perder e agora temos de pensar no próximo jogo.

[Titularidades de Fatawu e Chermiti] O Chermiti, pelo que tem feito até agora, merecia continuar a jogar. O Fatawu é muito explosivo no um contra um e queríamos explorar isso. No início era para jogar na direita mas teve de passar para a esquerda porque o Chermiti não estava lá e as características não combinavam. Tivemos de fazer essa alteração, mas foi isso que procurámos: um jogador muito veloz, muito bom no contra um e foi isso que ele fez um pouco na primeira parte.

[Houve mais coração do que cabeça na ponta final?] Sim. Já vínhamos de um jogo parecido onde não conseguimos marcar golo e depois torna-se tudo muito difícil contra uma equipa experiente que não nos deixa chegar muitas vezes à baliza, mas fomos sempre uma equipa que tentou. Desde a primeira parte, tentámos mais, o FC Porto mais em transição e com algumas saídas de bola pelo André Franco pela direita. Não estamos a conseguir definir bem nos detalhes e isso nota-se nestes jogos grandes.

[Que marcas deixa esta derrota?] Foi um ano difícil, não começou bem, mas ainda há muito para fazer. Temos de fazer uma melhor segunda volta e, como estou sempre a dizer, isto não acaba aqui. Todas as equipas passam por maus momentos e estamos a passar por um momento que não diria que é mau, mas está a ser difícil levantar-nos. Estamos a perder nos detalhes, mas há muita coisa boa e o treinador está cheio de força.

[Lançou Esgaio e tirou-o pouco depois] Dei-lhe a explicação e avisei-o antes que o ia tirar. Todos os jogadores do Sporting sabem que os defendo até à morte, mas existem certos momentos em que já fizemos uma alteração e queremos ir para a frente, olhamos para todas as peças e temos de ser muito frios na abordagem e tenho de ter coragem. O meu papel é [fazer] o que é melhor para a equipa e o Esgaio sabe, e eu já o provei, que quando é preciso dou a vida por eles. Quando a equipa precisa de sacrifícios e sei que é um sacrifício muito grande para um jogador como o Esgaio, tenho de o fazer porque em primeiro lugar está a equipa. Pedi-lhe desculpa e peço aqui publicamente, mas a minha ideia é sempre ganhar os jogos e, às vezes, não sou justo com toda a gente porque é impossível.»