José Peseiro assume, naturalmente, o favoritismo do Sporting para o embate desta terça-feira com o Loures, mas também diz que os seus jogadores estão precavidos contra as possíveis «surpresas» nesta competição. Para isso, o treinador lembrou que, quando treinava o Nacional, na II Divisão B, veio a Alvalade empatar com o Sporting 3-3.

«Queremos mandar no jogo, queremos dominar o jogo, é uma responsabilidade nossa, seja qual for o adversário. O Loures é uma equipa que gosta de jogar a um nível se calhar superior à divisão onde estão. Tem uma ideia de jogo bem construída, adequada e atualizada. Não deixaremos o Loures jogar como quer, mas sabemos que tem uma ideia de jogo muito atualizada e com jogadores com qualidade. Tem uma dimensão de jogo para o que vimos – já jogámos com equipas da II Divisão – diferenciada. Procuram um jogo mais elevado», referiu.

O treinador recorreu depois a um exemplo disso mesmo. «O favorito é o Sporting, mas quem está do outro lado tem sempre a ilusão. Lembro-me de estar no Nacional da Madeira, na II Divisão B, e viemos empatar a Alvalade 3-3. Depois fomos eliminados em casa pelo Sporting. É essa ilusão. Os jogadores vão estar mais do que motivados, é um jogo em que a responsabilidade não é grande. Tudo o que possam fazer aporta em termos individuais e coletivos para a equipa. O Sporting tem mais recursos, mas isso tem de mostrar em campo», insistiu.

O treinador seguiu na mesma nota, reforçando a ideia que o estatuto e o facto de contar com mais recursos do que o adversário não chegam para ganhar. «Um jogo é um jogo. Pode-se fazer quarenta remates à baliza e perder-se 1-0. Às vezes o adversário pode-se não fazer um remate e sofrermos um autogolo. É por isso que temos de estar precavidos, com consciência da responsabilidade e com a consciência de que as coisas só podem estar a nosso favor se fizermos tudo para que isso aconteça. E não ficar à espera que isso aconteça», destacou ainda.