Os génios não tiram férias, mas podem ser empatados.

Essa é a primeira nota a retirar do empate (1-1) desta noite do Sporting diante do Villarreal, num encontro particular a contar para a Algarve Cup, e que contou com um toque de genialidade de Pedro Gonçalves – não a perdeu nas férias.

Depois, e perante um submarino amarelo que impõe respeito, os leões souberam andar à tona da água durante grande parte do tempo, isto após um particular frente ao St. Gilloise, na véspera, no qual já haviam deixado aqui e ali boas indicações.

Um leão mais perto da versão final

Esta noite, no entanto, teremos visto uma versão mais aproximada daquele que será o Sporting para 2022/23.

Na frente, Tabata foi o eleito para acompanhar os já habituais Pedro Gonçalves e Paulinho, enquanto que na defesa, Marsà completou o trio que contou com Gonçalo Inácio, à direita, e Matheus Reis, à esquerda. No miolo do terreno, Ugarte e Matheus Nunes assumiram a batuta, naquele que deve ser o meio-campo leonino para os próximos meses, devido à saída de Palhinha e à lesão grave de Daniel Bragança.

FILME DO JOGO.

Pesos pesados do plantel, Coates e Porro ficaram a descansar, eles que foram opção ante o St. Gilloise. Por isso, Esgaio fez o corredor direito, acompanhado do lado oposto de Nuno Santos.

E este Sporting mais apetrechado foi, durante grande parte dos 90 minutos, superior a um adversário que estava a cumprir o primeiro teste de pré-temporada, sim, mas que tem no currículo umas meias-finais da Liga dos Campeões há pouco mais de um par de meses.

Em ataque organizado, diga-se, os homens de Amorim não foram brilhantes, mas foram sim muito eficazes na transição ofensiva, até porque souberam também explorar alguma «ferrugem» canarinha no processo ofensivo.

Tal como já se tinha verificado na véspera, este é um Sporting empenhado em pressionar cada vez mais alto e, consequentemente, obrigar o adversário a errar uns metros mais atrás.

Pote soltou o génio depois de algum desperdício

Foi assim que a turma de Alvalade foi criando alguns dos calafrios que provocou ao guarda-redes adversário. A eficácia não foi a melhor amiga do conjunto verde e branco, assim como a definição – aqui e ali houve alguma cerimónia na hora de alvejar as redes do adversário.

A cinco minutos do final do primeiro tempo, Pote soltou o génio e traduziu o domínio leonino no marcador, com um remate de pé esquerdo ao ângulo da baliza do Villarreal.

O intervalo chegou pouco depois, e o embalo seguiu para os primeiros minutos da etapa complementar.

O Sporting continuou a ameaçar principalmente através da transição ofensiva, ao passo que o Villarreal só ameaçou como tinha feito nos primeiros minutos da partida: através de erros individuais do adversário – Adán evitou o empate de Niño após uma perda de bola em zona proibida de Matheus Nunes.

Pedraza não perdoou a distração de Hevertton

Com o passar dos minutos, ou não estivéssemos na pré-época, o ritmo de jogo foi descendo. O Sporting baixou o nível, Amorim também aproveitou para fazer mexidas – estreou Trincão, por exemplo –, e o Villarreal, cínico, aproveitou para deixar tudo como estava antes de aparecer o génio de Pote: empatado.

Pedraza aproveitou a distração de Hevertton e fez o 1-1 a 13 minutos do fim de um jogo em que o Sporting voltou a não vencer, mas deixou boas indicações.

Na próxima terça-feira há novo teste no Algarve, desta feita frente à Roma, de José Mourinho.