Bruno Gama está talhado para marcar presença nos momentos decisivos. O médio do F.C. Porto que está emprestado ao Sp. Braga é o jogador mais internacional no lote de convocados dos sub-20, que em Beja vão disputar o 1º Torneio Internacional Campos Verdes. Um total de 68 internacionalizações dá-lhe o estatuto de capitão de equipa. Na hora de marcar penalties José Couceiro chama o médio, como se viu no treino desta quarta-feira. Bruno já está habituado e convive naturalmente com as exigências.
«É um motivo de orgulho ter mais internacionalizações, mas não é isso que me destaca. Marcar penalties não é por ser capitão. É por ter frieza, mas também há outros jogadores que o fazem. É uma responsabilidade acrescida, pois pode acontecer num jogo decisivo. Desde muito novo que marco e tinha um certo dom», descreve, deixando claro que também falha, pois no futebol, como na vida, não há lugar para a perfeição.
Bruno Gama concentrou esta quarta-feira na selecção, pois fez parte dos convocados de Jorge Costa para o jogo com a Naval. Não jogou pelo Sp. Braga (foi suplente), mas chegou ao Alentejo determinado para vencer o torneio particular que arranca esta quinta-feira, em Moura, frente a Cabo Verde. «Este torneio é de preparação para o Mundial e o intuito é vencer sempre», diz, antes de torcer o nariz às condições artificiais que Portugal irá encontrar no Mundial do Canadá e que está a testar em Beja: «Já joguei muitas vezes em relvado sintético, mas não gosto muito. O bater da bola é diferente.»
«Enorme vontade de marcar golos»
Também Diogo Tavares falou à comunicação social. Mais tímido do que o médio, o avançado que deixou o Sporting e rumou para Itália (está agora no Monza Brianza) no início da época só quer mostrar serviço. Depois de não ter sido autorizado a marcar presença no torneio da Madeira pois o clube italiano «não o libertou», explicou José Couceiro, Diogo Tavares regressou a Portugal nesta data de jogos do calendário FIFA e quer mostrar serviço no Alentejo.
«O objectivo de todos os jogadores que aqui estão é ir ao Mundial. Eu sinto-me bem e feliz por representar a selecção e poder mostrar trabalho. Estou com enorme vontade de fazer golos. Estar na selecção é uma montra que pode servir para o meu treinador me pôr mais vezes a jogar», desabafou.