À terceira é mesmo de vez. O Sp. Braga está novamente na final da Taça da Liga após derrotar o Sporting (2-1), tendo a oportunidade de disputar o troféu em casa. Os guerreiros foram claramente a melhor equipa, tiveram momentos de massacre e apenas conseguiram o golo do triunfo em cima do minuto noventa.

Cabeçada de Paulinho a evitar os penáltis e um filme semelhante ao da época passada. Foi o máximo pelo que o Sporting conseguiu lutar, as grandes penalidades. O figurino já era esse e agravou-se claramente ao ter de disputar a última meia hora em inferioridade numérica após a expulsão de Bolasie.

Mais pujante, mais criterioso e com outra força anímica, o Sp. Braga chega à desejada final do troféu que venceu em 2013. Volta a estar a noventa minutos de o conquistar, este com mais sabor por se discutir em casa.

A pressa de chegar…

Apostado em agarrar a derradeira oportunidade de jogar a final em casa, o Sp. Braga entrou a todo o gás e encostou o Sporting às cordas. Literalmente. A equipa de Rúben Amorim pressionou de forma intensa e eficaz, instalando-se por completo nas imediações da área de Luís Maximiano.

Das ameaças ao golo logo aos oito minutos foi uma sequência natural, a dar expressão no marcador à entrada fortíssima dos bracarenses. Paulinho contemporizou em demasia à entrada da área e acabou desarmado, mas a bola sobrou para Fransérgio, que de imediato lançou Ricardo Horta na esquerda. O extremo não costuma falhar e aproveitou mesmo a oportunidade, rematando cruzado com o pé esquerdo para o fundo das redes.

Com Galeno endiabrado na esquerda e o Sporting completamente manietado, sucederam-se os lances ofensivos dos guerreiros. A equipa de Silas sentiu muitas dificuldades, não conseguiu ligar jogo e sofreu nos primeiros muitos, sendo obrigada a despejar a bola de forma desesperada para o seu ataque.

Foi preciso esperar até aos 25 minutos para ver um remate da equipa de Alvalade, da autoria de Bruno Fernandes, mas de forma forçada, tal como as iniciativas dos leões no início da partida. Contudo, o Braga baixou o ritmo de forma tão natural como chegou ao golo e, nos derradeiros minutos do primeiro tempo, o Sporting lá deu um ar da sua graça.

… para não chegar tarde

Nesse ar da sua graça leonino, os leões chegaram ao empate no último fôlego da primeira metade. Foi com a pressa de não chegar em desvantagem ao intervalo que o Sporting chegou ao golo numa reposição rápida da bola em jogo por intermédio de Bruno Fernandes, que aproveitou a desatenção do Sp. Braga para isolar Mathieu. Isolado, o defesa fez de ponta de lança e de pé esquerdo enviou a bola por entre as pernas de Matheus.

Voltou a entrar mais forte no segundo tempo o Sp. Braga, com mais critério, mais confortável e, sobretudo, com os tais índices anímicos claramente mais fortes. Na tal questão da pressa Bolasie também não quis ficar para trás e, depois de ser lançado ao intervalo por Silas, foi expulso em apenas dezasseis minutos.

Entrada à margem das leis sobre Sequeira junto à linha de fundo, Nuno Almeida foi avisado pelo VAR e após recorrer às imagens puniu o congolês com cartão vermelho direto. Se o Sp. Braga já estava por cima, passou depois para um autêntico massacre.

Sofreu novamente a bem sofrer o Sporting, encolhido na sua área e vendo os guerreiros ensaiar vários remates no interior da área contra os seus elementos mais recuados.  Massacre contra tempo enquanto o Sporting se agarrava à esperança dos penáltis, passando a jogar com três centrais após a entrada de Neto.

No último suspiro, no último lance. Em cima do minuto noventa os guerreiros deram a esticada num leão moribundo. Paulinho cabeceou para o fundo das redes e indica o caminho da final ao Sp. Braga.