Mais uma vez o Leixões teve de sofrer para seguir em frente na Taça de Portugal. À imagem do que aconteceu na terceira eliminatória, curiosamente, também frente a uma equipa da Madeira e da série B da II Divisão, o Leixões teve que ir a prolongamento, acabando depois por golear. O Santana, apesar de ser último classificado, bateu-se bem, sobretudo na segunda parte. No prolongamento, a equipa madeirense quebrou e acabou por encaixar três golos.
O líder da Liga recebia o modesto Santana da série B da II Divisão, em jogo a contar para a quarta eliminatória da Taça de Portugal. Podia pensar-se que seriam favas contadas para o Leixões, mas o jogo contra o Caniçal, que a equipa de Matosinhos apenas venceu após prolongamento, deixou José Mota e os seus pupilos de sobreaviso. Daí que o técnico tenha optado por colocar em campo um onze muito próximo do titular.
O Santana, mal colocado na série B, vinha jogar na expectativa de matar o jogo numa jogada de contra-ataque ou mesmo numa bola parada. Prova disso, foi que concedeu, desde o primeiro minuto, o domínio aos leixonenses. A equipa de Matosinhos não se fez de rogada e assumiu o protagonismo que lhe competia.
O Leixões controlou o jogo a seu bel-prazer, pautando o ritmo de jogo como lhe convinha. E dava a impressão de que mais tarde ou mais cedo iria resolver o jogo, tendo em conta que o Santana não conseguia sair para o ataque. No entanto, o tempo foi passando e, apesar das oportunidades criadas na primeira parte chegou-se ao fim dos 45 minutos com um nulo.
Na segunda parte, Zé Manuel entrou para o lugar de Laranjeiro, num claro sinal de que o jogo era para resolver nos 90 minutos. Contudo, o Santana soube defender muito bem o seu castelo e à medida que o tempo avançava a equipa madeirense ia acreditando mais e tornando-se mais atrevida. O Leixões, por sua vez, continua num ritmo muito lento e os seus avançados eram, regra geral, presa fácil para os defesas do Santana.
Chegava-se ao fim dos 90 minutos sem golos e o Santana tinha, agora, mais motivos para acreditar na surpresa. No entanto, a equipa insular parece ter quebrado, e Zé Manuel e Marques, entrados na segunda parte, assassinaram as esperanças do Santana. Haveria ainda tempo para mais um golo, de Hugo Morais, na cobrança de um livre ao qual a defesa madeirense não soube responder, incluindo o guarda-redes que não conseguiu segurar uma bola aparentemente fácil.
Ficha de Jogo
Estádio do Mar
Espectadores: 2500
Árbitro: André Gralha (Santarém) auxiliado por Nuno Pereira e Nuno Manso;
Quarto árbitro: Henrique Santos
LEIXÕES: Beto; Vasco Fernandes; Elvis; Joel; Laranjeiro (Zé Manuel, 45m); Roberto Sousa; Bruno China; Hugo Morais; Braga; Diogo Valente (Marques, 83m); Wesley (Diogo Luís, 112m).
Suplentes: Berger; Ruben; Sandro; Diogo Luís; Serginho Baiano; Zé Manuel; Marques;
SANTANA: Marco; Ricardo; Varandas; Pedro Dinarte; Patrício; Thierry; Prioste; Gonçalinho; Roberto; David; Anderson;
Suplentes: Jordão; Dinarte; Estrela; Daniel; Luis Filipe;
Ao intervalo: 0-0
Golos: 3-0, Marques (99,110) e Hugo Morais (114).
Disciplina: cartões amarelos a Prioste (23), a Bruno China (44), Hugo Morais (73), Thierry (77), Daniel (81), Marques (100)
Resultado final: 3-0 (a.p.).