A eliminação da Taça do Rei deixou marcas no Valência de Nuno Espírito Santo. O emblema orientado pelo técnico português até venceu o encontro da primeira mão, por 2-1, mas tombou, esta terça-feira, no Cornellà-El Prat, diante do Espanhol, numa partida em que a grande figura foi o antigo avançado do Sporting, Felipe Caicedo, autor dos dois golos do encontro.

Após o primeiro grande dissabor da temporada, o português que orienta o emblema «che» colocou-se ao lado dos adeptos que depositavam grandes aspirações na prova.

«Saímos daqui triste e frustrados tal como os nossos adeptos. Hoje é um dia de dor, porque todos alimentávamos o sonho de lutar pela conquista deste troféu. Mas temos que sofrer hoje para nos erguermos amanhã. Esta equipa já demonstrou que é capaz de se levantar em maus resultados», disse Nuno Espírito Santo aos jornalistas no final do encontro.

Para o antigo técnico do Rio Ave, o momento-chave do jogo foi a expulsão do central alemão Mustafi, logo aos 13 minutos. «O jogo ficou condicionado com a expulsão. Depois, naturalmente, tivemos que aguentar o balanceamento ofensivo do Espanhol e sofrer», analisou, recusando-se, no entanto, a atirar pedras ao juiz que dirigiu o encontro.

«Foi o critério do árbitro. Ele considerou que era o último homem da defesa», elucidou, reconhecendo que após esse momento as hipóteses da sua equipa reduziram drasticamente.

«Com dez é muito difícil. Ainda que possa parecer uma desculpa da minha parte, é complicado manter o ritmo elevado depois de estar a jogar 80 minutos com menos um homem. Ainda assim, não há nada que possa apontar ao sacrifício dos jogadores», rematou orgulhoso da sua equipa.

Apesar da eliminação, o técnico não se arrepende de ter procedido a alterações na equipa, por considerar que é importante gerir todos os elementos ativos durante a temporada. André Gomes e Rúben Vezo foram titulares no encontro que ditou o afastamento do emblema «che».