É campeão!

Os céus da América do Sul cobrem-se de verde para celebrar o título do Palmeiras e coroar Abel Ferreira como rei das Américas (ao conquistar o segundo título continental consecutivo).

Esta tarde em Montevideu (noite em Portugal), o Estádio Centenário celebrou a revalidação da conquista da Taça Libertadores pelo clube paulista pela terceira vez na sua história.

O Palmeiras venceu o Flamengo por 2-1. E ultrapassa também o Mengão em títulos continentais (3-2).

Se nas bancadas, a equipa de Abel Ferreira estava em desvantagem, em campo entrou praticamente a vencer: logo aos 5m, aproveitou um buraco no lado esquerdo da defesa do Flamengo para abrir o marcador. O lançamento em profundidade de Gómez encontrou Mayke, que cruzou rasteiro para Raphael Veiga aproveitar o desposicionamento de David Luiz atirar para o fundo da baliza.

O Fla acusou o toque, e quase permitiu um golo a papel químico minutos depois. Mas do quarto de hora em diante a maior qualidade das soluções de Renato Gaúcho foi saltando à vista e os rubro-negros acercaram-se da baliza contrária.

Bruno Henrique, Arrascaeta, Gabigol… Todos foram esbarrando no muro do verdão comandado pelo «goleirão» Weverton, que não por acaso é alternativa a Alisson e Ederson na seleção do Brasil.

O seguro de Abel acabaria por comprometer já perto do fim ao cobrir mal o poste que lhe era mais próximo, permitindo que Gabriel Barbosa voltasse a ser Gabigol. Um remate rasteiro e cruzado, aos 73m, fez a nação rubro-negra explodir de alegria no Uruguai e levar o jogo para prolongamento.

Com a equipa em quebra física, Abel mexeu: colocou no meio-campo Danilo Barbosa, ex-Sp. Braga, e para os derradeiros 30 minutos lançou Deyverson, ex-Benfica e Belenenses, para a frente de ataque e foi feliz.

Numa pressão alta, aos 95m, o avançado roubou a bola ao ex-Man. United Andreas Pereira, encarou Diego Alves e rematou com raiva para o fundo da baliza.

«GOOOOOL» O Palmeiras voltou a marcar cinco minutos depois de retemperar forças e ouvir as palavras do técnico.

De patinho feio, dispensável até, Deyverson virou herói.

Daí em diante, foi sofrer até ao fim e aguentar a pressão do Flamengo.

Até que Néstor Pitana fez soprar o apito e a festa do Palmeiras explodiu. Se Jesus foi campeão, Abel dobrou a parada. 

Bicampeão da América!

Assim que terminou o jogo, o técnico português saiu disparado com um sorriso no rosto e deixou a festa para os jogadores.

Depois, voltou. Em lágrimas.