A FIGURA: Jonas, o pistoleiro está de volta

Renascido das cinzas, o brasileiro voltou a agarrar a titularidade quatro meses depois da última aparição no onze inicial dos encarnados (27 de agosto, frente ao Nacional). Fisicamente ainda denotou algumas debilidades, o que é natural, mas mantém intacto o faro de golo que sempre o caracterizou desde que aterrou na Luz. Jonas quis brindar o regresso com um golo e de facto entrou com uma fome do outro mundo, notando-se até uma vontade inconsciente dos colegas em contribuir para isso. Foi dos pés do avançado que saiu o primeiro grande lance de perigo da partida e acrescentou-lhe umas quantas jogadas de elevada qualidade técnica na primeira parte. No segundo tempo pediu para cobrar um livre direto e voltou a fazer o gosto ao pé de forma irrepreensível. Depois tomou-lhe o gosto e minutos depois bisou de cabeça. Ainda não é o mesmo ‘pistoleiro’ que os benfiquistas se habituaram a ver, mas caminha para o regresso em pleno.

O MOMENTO: Jonas pediu, Jonas resolveu

Até parecia que já se adivinhava. Jonas regressou à titularidade com dois golos, o primeiro dos quais na sequência de um livre direto batido de forma irrepreensível. Ele queria chegar ao golo a todo o custo, pediu para cobrar essa bola parada e voltou aos golos, levando a Luz à loucura, entoando durante vários segundos o nome do jogador. Abriu a torneira e instantes depois fez o segundo da conta pessoal. Um regresso de sonho para Jonas.

OUTROS DESTAQUES:

Zivkovic

Chegou rotulado de promessa e muitos viram-no até como titular de caras neste Benfica, mas a verdade é que o sérvio nunca foi opção regular de Rui Vitória, até porque, de facto nem sempre o justificara. Pois bem, desta vez justificou. Uma prestação muito interessante do extremo sérvio frente ao Vizela, mostrando aqui e ali fogachos daquilo que terá levado o Benfica a investir na sua contratação. Rápido, ágil, tecnicamente dotado, a Zivkovic faltou apenas alguma destreza na altura de rematar. Ainda assim merece um lugar de destaques por tudo isto e pelas três assistências para golo. Aquele pé esquerdo esteve na origem de quase tudo.

Mitroglou

O grego fez uma exibição de bom nível sobretudo na primeira pate. Coroou uma série de boas jogadas com um golo, o tal que quebrou as correntes da partida e a muralha montada pelo Vizela na Luz. Não se pode dizer que seja um prodígio na parte técnica, mas neste encontro esteve um nível acima até nesse capítulo. Passes de calcanhar, ‘reviengas’, remates de primeira, o grego soube conjugar tudo isto e fazer uma exibição de encher o olho. Terá tido um flashback dos tempos áureos com Jonas ao lado? Talvez sim, talvez não. Certo é que Mitroglou foi novamente importante para os encarnados.

Pizzi

Foi baixa frente ao Paços de Ferreira na primeira jornada da Taça da Liga e isso fez-se sentir. Já começa a ser repetitivo, mas Pizzi é o verdadeiro pêndulo deste Benfica, fundamental na estratégia montada por Rui Vitória. Nova exibição de bom nível do médio, sobretudo no processo ofensivo, na condução de bola e nas combinações com os colegas lá na frente. Um elemento decisivo nesta equipa encarnada, que falhou o primeiro jogo por castigo, mas não se deu ao luxo de ficar de fora mais uma vez.

Samaris

Chamado ao onze titular para render Fejsa, o grego realizou uma exibição bastante interessante, sendo um importante apoio para estancar as saídas para ataque do Vizela, ao mesmo tempo que se mostrou sempre disponível para ajudar na manobra ofensiva. Bela exibição do médio, que não desperdiçou a oportunidade dada por Rui Vitória.

Pedro Albergaria

No meio da avalanche de futebol do Benfica, o guarda-redes do Vizela foi o elemento em maior evidência pelas várias defesas que fez na primeira parte e que foram negando o golo das águias, uma das quais de extrema dificuldade.