A lei do mais forte prevaleceu em Pina Manique, num duelo que Portugal não via (alguém por aí viu?) há 80 anos.

O FC Porto, procrastinou, só chegou à vantagem aos 50 minutos, mas, verdade seja dita, nunca tremeu e saiu de Pina Manique na liderança do Grupo D e a precisar apenas de um empate em Chaves para chegar à final-four da Taça da Liga.

O resultado final – 3-0 a favor dos dragões – foi revelador do desequilíbrio de forças entre o vice-líder da Liga e o penúltimo classificado do segundo escalão e nem as dez alterações (só Manafá se manteve no onze) promovidas por Sérgio Conceição para este jogo atenuou o enorme fosso que separa as duas equipas.

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Na noite em que Sérgio Conceição deu novas oportunidades a Saravia e Uribe, que saíram da «solitária» e cumpriram a primeira aparição após problemas disciplinares numa outra noite, os azuis e brancos cumpriram a missão sem grande brilho mas com controlo absoluto.

A primeira parte teve sentido único, com o FC Porto a ser dono e senhor das operações mas sem forçar em demasia o golo e a acumular alguns equívocos no último terço, perante um Casa Pia montado à procura de surpreender em contra-ataque mas que foi sempre demasiado curto para poder sequer ambicionar por mais do que aquilo com que saiu.

O empate ao intervalo premiava a concentração defensiva do conjunto orientado por Rui Duarte, mas os dragões até dispuseram de um par de boas ocasiões, a melhor delas por Soares, que atirou ao lado aos 31 minutos após ser isolado por Luis Díaz.

A etapa complementar começou praticamente com o golo do FC Porto. Sem grandes afazeres na defesa, Saravia fez uma diagonal e apareceu na zona do ponta de lança para cabecear para o primeiro golo do jogo (e da carreira profissional), num lance em que o guarda-redes Vanderlaan não ficou isento de culpas.

Em desvantagem no marcador o Casa Pia passou a deixar mais a nu as suas debilidades. Aos 68 minutos, Luis Díaz ampliou para 2-0 no último ato em campo e pouco depois Tiquinho Soares aplicou o xeque-mate no jogo, após sentar o guarda-redes Vanderlaan.

Missão cumprida para o dragão: passeou sem sobressaltos no início de uma dupla jornada a sul e basta não perder em Chaves para seguir em frente numa prova na qual ainda busca o primeiro troféu.

Ah! E ainda houve margem para a estreia de Tomás Esteves pela equipa principal. Simbólico.