*Por Isabel Marques Nogueira

Sérgio Conceição resguardou a equipa para o clássico e o FC Porto não foi além de um empate 1-1 no Fontelo, diante de um aguerrido Académico de Viseu que conseguiu deixar tudo em aberto para o segundo jogo no Dragão. Vítor Ferreira levou uma equipa remendada às costas e fez a assistência para Zé Luís abrir o marcador, mas a equipa da Liga esteve apenas onze minutos em vantagem.

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Sérgio Conceição promoveu oito alterações em relação ao triunfo do Bonfim, mantendo apenas Manafá, Mbemba e Luís Diaz no onze. De resto mudou tudo, certamente já a pensar no clássico do próximo sábado com o Benfica.

O FC Porto até entrou mais forte, com posse de bola, mandão e, até teve uma oportunidade soberana para abrir o marcador, logo aos três minutos. Grande passe de Vítor Ferreira a destacar o francês que, com apenas Ricardo Fernandes pela frente, picou a bola, mas esta passou ao lado. Foi a primeira nota do jovem de dezanove anos no jogo. Um dos poucos que aproveitou a oportunidade no Fontelo.

A verdade é que o FC Porto não voltou a ter uma oportunidade clara até ao intervalo. Deixou de ser acutilante, deu confiança ao adversário que foi ganhando terreno e até acabou a primeira parte a visar a baliza de Diogo Costa, com Fernando Ferreira a testar a atenção do jovem guarda-redes.

Muito pouco para o FC Porto que procurou mudar o rumo do jogo, com uma entrada mais intensa na segunda parte. Saravia e Manafá procuraram trazer mais dinâmica às alas, mas o Académico desmontava facilmente as intenções portistas. Zé Luís fez uma primeira ameaça, com um remate à meia volta, e o FC Porto acabou por chegar à vantagem, aos 59 minutos, num lance com a assinatura de Vítor Ferreira. Outra vez ele. Fez praticamente tudo sozinho. Recuperou a bola, progrediu no terreno e serviu Zé Luís de bandeja. O cabo-verdiano fez o mais fácil.

Parecia que estava aberto o caminho para a vitória do FC Porto, mas aconteceu o contrário. A equipa de Sérgio Conceição voltou a relaxar e foi literalmente surpreendida com o empate onze minutos depois de ter ganho vantagem. Cruzamento de Kelvin e entrada fulgurante de João Mário entre os centrais do FC Porto, para marcar de cabeça.

Ainda faltavam cerca de vinte minutos para o final e Sérgio Conceição foi lançando para a contenda Nakajima, Corona e Tiquinho Soares. O FC Porto foi crescendo até ao final do jogo, Nakajima esteve perto de marcar, Corona pediu uma grande penalidade, mas o empate não se desfez. Grande festa no Fontelo, mas vai ser no Dragão, dentro de oito dias, que se vai encontrar o caminho para o Jamor.