Houve Taça no Complexo Desportivo do Real Sport Clube.

1-0 no resultado final, mas podiam ter sido dois, três ou quatro e ninguém ficava espantado no Estádio.

O Real, do Campeonato de Portugal –líder da série G, fez uma exibição soberba, perfeita e bateu um Arouca irreconhecível.

Se antes do jogo havia uma diferença de dois escalões entre as equipas, no relvado essa diferença não se notou: aliás o Arouca é que parecia uma equipa de um escalão inferior.

A jogar em 4-4-2, com Érico na frente, Brash nas costas e Guti e Palacios nas linhas, o Real entrou pressionate e dominou o jogo. Rúben e Thabo eram os «ladrões de bola» no miolo e depois davam para o esquadrão da frente criar muito perigo à defesa arouquense.

Guti começou a impressionar, abanou, criou os primeiros lances e depois Palacios assumiu o papel de protagonista. Possante, forte no um para um, começou a partir a defesa do Arouca e os lances de perigo foram-se sucedendo.

Na primeira parte, o avançado Érico servido muito bem pelos companheiros acabou por falhar a melhor oportunidade isolado na cara de Rui Sacramento, aos 34 minutos. Antes já Matheus Leal, lateral esquerdo, tentou de canto direto mas o guarda-redes evitou.

O Arouca, com seis mudanças no «onze, mas com uma equipa de nível nada fazia e limitava-se a verem os homens de Filipe Martins trabalhar e lutar.

LEIA AQUI TODO O FILME DO JOGO E O LEQUE DE OPORTUNIDADES DESPERDIÇADAS PELO REAL

Em cima do intervalo nova oportunidade de livre direto, mas sem efeito.

Na segunda parte, o Real entrou novamente mandão e em cinco minutos desperdiçou três oportunidades. Rui Sacramento em duas brilhou, Hugo Basto tirou outra em cima da linha.

Logo a seguir, penálti para o Real mas Érico Castro, melhor marcador da equipa, desperdiçou. Muito perdulário hoje, mas com muita qualidade.

O «show» Palacio continuava e o seu melhor lance aconteceu num canto a favor do Arouca. No contra-ataque pegou na bola no seu meio campo, correu sem ninguém o parar e já dentro da área falhou na cara de Rui Sacramento.

O resultado era injusto e o cenário do prolongamento parecia real. Só que num lance de contra-golpe o Real chegou ao merecido golo. Zequinha atrapalhou-se com a bola no seu meio campo ofensivo, após um canto do Arouca, e o capitão Rúben com um passe longo isolou Nélson, que tinha substituído Guti.

Na cara de Sacramento fez um remate cruzado e instalou a loucura no estádio. Daí até ao fim foi um «tirinho» e os cânticos ajudaram o Real a aguentar a pressão.

Fez-se história!!! Um tomba-gigante justo e merecido. Venha a próxima eliminatória.

FICHA DE JOGO
Complexo Desportivo Real Sport Clube, em Massamá
Espectadores:
 

Árbitro: João Mendes (Santarém)
Assistentes: Paulo Soares e Miguel Aguilar
Quarto árbitro: Rui Mendes

REAL: Patrick Costinha; Jorge Bernardo, André Almeida, Nuno Tomás, Matheus Leal, Thabo, Rúben, Guti (Nélson 77’), Palacios (Luís Mota 90’), Brash e Érico Castro;
Suplentes não utilizados: Gonçalo, Casimiro, Cordoba, Ivan Dias e Matheus;

AROUCA: Rui Sacramento, Vítor Costa, Hugo Basto, Jubal, Thiago Carleto, Nuno Coelho, Crivellaro (Nuno Valente 53’), André Santos, Kuca (Mateus 77’), Marlon e Zequinha (Walter 86’);
Suplentes não utilizados: Bracali, Artur, Gegé, Sancidino;

GOLOS:  Nélson (85’)
Disciplina: Amarelos - Érico Castro (42); Hugo Basto (45+1’); Nuno Coelho (50’); Thiago Carleto (53’); Nuno Tomás (59’)