* por Nuno Chaves

O Desp. Aves entrou com o pé direito na defesa da Taça de Portugal. A equipa orientada por José Mota deslocou-se ao terreno do Sacavenense e venceu por 3-1. Os golos da partida foram apontados por Diego Galo, Derley e Nildo no lado dos visitantes. Ivo Brás foi quem marcou o único golo para a equipa de Sacavém.

Quem esperava um jogo emotivo… foi exatamente isso que teve. Ainda assim, o Desp. Aves precisou de suar muito para seguir em frente.

Num estádio praticamente cheio, foi a formação da casa quem entrou melhor. Muito aguerridos e com uma enorme vontade em vencer, os jogadores do Sacavenense mostraram desde cedo que estavam em campo para discutir o jogo olhos nos olhos.

A primeira grande oportunidade de golo surgiu aos oito minutos para os homens de Sacavém, num canto, através de Iaquinta. Ambas as equipas exploravam muito as alas, mas era a equipa de Bruno Dias quem dava sinais de poder chegar à vantagem.

O Desp. Aves começou a reagir por volta dos 20 minutos. Mais agressivo na procura da bola, subiu as linhas, procurou mais o meio-campo adversário, ainda assim, sem grandes oportunidades reais para marcar.

Apesar de um maior equilíbrio – mas com ascendente para o Sacavenense –, o primeiro golo do jogo surgiu aos 33 minutos para a formação de José Mota, por intermédio de Diego Galo. Canto pela direita e o central brasileiro antecipou-se à marcação, com um cabeceamento potente para o fundo da baliza de Cardoso.

Quando se podia pensar que o Sacavenense iria perder gás foi exatamente o contrário. Dois minutos depois, jogada espetacular pela esquerda de Ivo Brás, que fez uma enorme finta ao defesa do Desp. Aves e, com convicção, igualou o marcador.

Com 1-1, o encontro ficou novamente muito equilibrado, mas foi o detentor da Taça quem voltou à vantagem, graças a Derley. Aos 43 minutos, depois de uma assistência perfeita de Baldé, o avançado brasileiro não perdoou e cabeceou para colocar novamente o Desp. Aves na frente.

Na segunda parte, o jogo começou com sinal mais para a equipa da Liga. Mais tranquila no encontro, apesar de toda a irreverência do Sacavenense. A primeira oportunidade apareceu aos 53 minutos para o Desp. Aves, por Derley. O avançado isolou-se na área pela direita, mas o guarda-redes Cardoso levou a melhor.

O jogo perdeu alguma qualidade: mais duelos físicos, menos oportunidades de golo, algo que favorecia a equipa da Liga. A formação do Campeonato de Portugal tentava chegar ao empate, mas o discernimento já não era o mesmo.

A partida continuou neste registo até aos 70 minutos. A partir daí, o nível das duas equipas voltou a subir de produção com oportunidades para ambos os lados, apesar do natural desgaste físico, especialmente na parte do Sacavenense.

Luís Mota, que entrou no de correr do segundo tempo, era o jogador da casa mais inconformado com o resultado e aos 78 minutos até esteve perto de fazer o 2-2 com um remate forte, mas André Ferreira travou as intenções do camisola 7.

Nos últimos minutos, o Desp. Aves soube impor o seu estatuto de equipa de primeira liga e congelou o jogo, não dando grandes hipóteses ao adversário. Aos 95 minutos, o Sacavenense teve a última possibilidade de empatar, através de um pontapé livre, que contou com a presença do guarda redes Cardoso. O Desp. Aves aliviou e em contra-ataque matou o jogo, graças ao golo de Nildo.

1-3 foi o resultado final. Vitória justa do Desp. Aves, que soube ser melhor nos momentos de maior decisão. O detentor da Taça continua o sonho rumo ao Jamor.