Sporting-Benfica, 2-1 após prolongamento (destaques das águias)

A FIGURA: Talisca
jogo competente do baiano em termos defensivos durante os primeiros 20/25 minutos, formando uma dupla muito interessante com Samaris, capaz de reduzir a capacidade de produção dos leões pelo centro. Menos bem depois, com algumas perdas de bola que podiam ter causado mossa no sector mais recuado dos encarnados. Com a entrada de André Almeida, recebeu luz verde para se integrar mais na manobra ofensiva, numa altura em que as águias começaram a ter mais bola e a ligar sectores de forma mais eficaz. Testou duas vezes a atenção de Rui Patrício e acabou o jogo em grandes dificuldades físicas.
 
POSITIVO: rigor tático dos encarnados na primeira parte
Bem. Não terá sido durante todos os primeiros 45 minutos, mas a forma como Rui Vitória montou a equipa para o dérbi (onze inédito) terá surpreendido Jorge Jesus. Com Samaris e Talisca no meio campo e Gaitán no apoio a Mitroglou e a exercer pressão na primeira fase de construção dos leões, deu a sensação de que o Benfica ganhou as primeiras batalhas no centro do terreno, precisamente onde falhou em toda a linha no jogo da Luz para o campeonato.

CRÓNICA DO SPORTING-BENFICA
 
OUTROS DESTAQUES
 
Pizzi: começou encostado ao flanco direito, mas trocou algumas vezes de flanco com Gonçalo Guedes. Na noite em que regressou às origens (leia-se, flancos), não causou muitos desequilíbrios no plano ofensivo, mas foi dele o toque para o golo de Mitroglou aos 6 minutos. Saiu aos 61 minutos, quando Rui Vitória sentiu a necessidade de reforçar a zona central do terreno.
 
Samaris: de jogo para jogo assume-se cada vez mais como o pulmão do meio campo do Benfica, onde tantas vezes falta solidez. Mais uma partida de grande nível e de enorme lucidez tática, à semelhança do que já tinha feito no encontro da Luz, e como já vem sendo apanágio no grego. Acabou expulso com vermelho direto após o golo do Sporting, alegadamente por protestos. A sua saída acabou por deitar por terra a esperança da equipa de Rui Vitória, que àquela altura já estava demasiado espremida.
 
Sílvio: realizou talvez a melhor exibição desde que regressou da grave lesão que o afastou do relvado durante largos meses. Muito sólido defensivamente, travou uma batalha interessante com Bryan Ruiz e apoiou várias vezes na construção ofensiva. Isto apesar de nunca ter ido à linha de fundo.