Declarações de Milton Mendes, treinador do Marítimo, no final da vitória por 2-1 [após prolongamento] sobre o Salgueiros, na quarta eliminatória da Taça de Portugal:

[O Marítimo não podia ter resolvido o jogo nos 90 minutos?] «Com certeza. Sabíamos que íamos ter alguma dificuldade, pois eles iam jogar muito atrás da linha da bola. Com o tempo, as melhores oportunidades foram nossas. Acho que a equipa mostrou uma força muito grande (é o segundo jogo que a gente ganha no final). Mostra a força do grupo, que estamos determinados e unido.

«Sofremos o golo no nosso melhor momento, perto do intervalo, mas a equipa estava muito tranquila. Vocês viram que houve uma mudança muito grande no onze [em relação ao último jogo da I Liga, contra o Belenenses SAD] e isso demonstra que contamos com todos.»

«Diante disto, os meus jogadores estão de parabéns e queria oferecer esta vitória a todos os maritimistas. Esta vitória sofrida, determinada, mas com um sabor especial, fica para o nosso torcedor.»

[Com tantas mexidas não ficou mais próximo de ser surpreendido?] «Não. Se nós contássemos só com 11, 15 ou 13, então não precisávamos de ter um plantel. Isto demonstra que o treinador confia no grupo. Assumimos sempre as despesas do jogo. Foi assim também contra o Farense. É lógico que há nuances que precisam de ser melhoradas, mas ninguém se pôs a jeito. Eles demonstraram que têm condições e é um grupo muito forte.»

[Marítimo jogou muito lento…] «A nossa equipa, teoricamente, era rápida. Mas as condições que o nosso adversário impôs, dificultou-nos um pouco. Jogaram atrás da linha da bola. Nós circulámos sempre a bola nos setores todos. Levar o golo aos 43, no nosso melhor momento, dificultou-nos muito, pois eles recuaram. Mas nós mandámos no jogo o tempo inteiro. Fomos melhores, sem dúvida, e passámos a eliminatória, que era o que mais interessava.»

[Até onde pode ir Rodrigo Pinho?] «São Rodrigo Pinho… tem-nos ajudado muito. No último jogo foi o Joel. Mas não resta dúvida que a qualidade do Pinho é muito grande e está num momento muito bom. Até tivemos para não o convocar, e por ironia do destino, ele ajudou. Mas a equipa toda também ajudou. O Pinho está num momento iluminado, daí a alcunha de São Pinho.»