Figura: Luiz Júnior

O melhor jogador em campo. É uma decisão unânime pelo que o brasileiro jogou em Matosinhos. João Pedro Sousa assumiu, no final do ano passado, que Luiz Júnior não iria ficar muito tempo em Famalicão. Tem toda a razão! Reflexos apuradíssimos, concentração nos píncaros e segurança em todas as ações, assim jogou Luiz Júnior. Na retina ficaram as duas defesas consecutivas a pontapés de Ricardo Valente nos descontos do tempo regulamentar.


Momento: Youssouf aponta a Cádiz o caminho da redenção, 108m

Depois de uma primeira metade do prolongamento desinteressante, o Famalicão colocou-se em vantagem numa lance imaginado e executado por Zaiydou Youssouf. O médio francês levantou a cabeça e colocou a bola nas costas de Miguel Silva, espaço onde surgiu Cádiz a rematar de primeira para o 1-2. Foi o momento de redenção do venezuelano.


Outros destaques:


Gustavo Sá: considerado a joia da formação do Famalicão, o jovem mereceu a titularidade pelo quinto jogo seguido. O jogador de 18 anos mostrou, a espaços, pormenores de qualidade e foi o autor dos dois únicos remates da sua equipa na primeira parte. Não voltou do balneário pese os bons apontamentos que deixou na primeira metade.  

João Oliveira: o extremo foi sinónimo de virtuosismo e velocidade. Ora à esquerda, ora à direita, o luso-suíço foi o melhor jogador do Leixões em campo. João Oliveira é, no fundo, um extremo ‘à moda antiga’ e fartou-se de ganhar a linha do fundo. Saiu, incompreensivelmente, aos 69 minutos.

Ben Traoré: vê-se o jovem costa-marfinense jogar e rapidamente se percebe a cobiça de clubes da Liga. O médio joga com uma tranquilidade impressionante (capaz de irritar os adeptos mais sensíveis), raramente perde noção do espaço que tem de ocupar e aproveita para ‘roubar’ muitas bolas. Traoré

Stefanovic: o guarda-redes destacou-se mais pelo que fez na área contrária do que pelas defesas que foi forçado a fazer entre os postes. Incrível, não acha, caro leitor? Acredite porque aconteceu. Nos descontos do tempo regulamentar, o capitão do Leixões teve autorização para ir à área adversária. Se à primeira conquista um canto, à segunda ganhou um penálti. Thalis fez o 1-1 aos 90+6, mas o herói foi Stefanovic.

Cádiz: um golo, um penálti cometi e uma expulsão. O encontro foi uma montanha-russa de emoções para o avançado do Famalicão. O venezuelano não impressionou, mas ficou ligado aos momentos decisivos e portanto, merece destaque.