O treino desta quarta-feira foi o último antes do jogo com o Sporting que vai decidir quem passa à final da Taça UEFA. Amanhã é feriado na Holanda e a miudagem, na maior parte, aproveitou para ir ver a equipa de Alkmaar, o AZ, treinado por Co Adriaanse e observado por mais cerca de 20 jornalistas holandeses e outros tantos portugueses.
O que, todos juntos, acabou por fazer uma assistência a rondar as duas centenas de pessoas. Excluindo os jornalistas, que como não devem ser notícia também não devem entrar nestas contas, foi cerca de centena e meia de pessoas à espera que o AZ volte a dar que falar na Europa.
Uma enchente. Especialmente quando em qualquer diz normal ¿ diz quem sabe ¿ não há mais de quatro, cinco pessoas a ver os jogadores no campo secundário deste complexo ¿ nada complexo, por acaso ¿ que é o Estádio Alkmaarderhout. É pequeno, pronto, mas à saída (ou à entrada, depende) já se vê os desenhos do novo estádio, previsto para 2007 e com lotação ambicionada de 16 mil lugares.
Mas por enquanto, este é o que há, com 8.600 lugares já esgotados para amanhã, e vai ter de servir. Como serviu o campo de treino para a sessão desta tarde. Mesmo apesar da «enchente».Entre o estádio e o relvado de treino é impossível não reparar (por razões óbvias) num canal ¿ ou não se estivesse na Holanda ¿ a dividir os dois espaços.
Entre a água e a vedação que separa os jogadores dos demais, apenas um metro de relva que acabou por ficar lotado pela tal aglomeração dominada pela criançada. A 5 de Maio, os holandeses celebram a libertação do domínio nazi na II Guerra Mundial e os miúdos já souberam como aproveitar o tempo livre não haver trabalhos de casa para fazer.
Um acontecimento pouco habitual num quadro pitoresco. Que mais estranho ficou ainda agora para quem estava a ver de fora, enquanto os locais voltaram ao seu «estado normal». Passados os exercícios, terminado o treino, com marcações de grandes penalidades, a descompressão final do treino do AZ termina a meias com o início das entrevistas.
Imagine-se: o treino já terminado, Van Galen, no caso, decidiu treinar os remates com o pé esquerdo e, quando achou que já estava no ponto, parou. Em pleno relvado, quem o quer entrevistar entra fá-lo e serve o mesmo para todos os outros. Estranho?! Desta vez, são os holandeses que questionam «por que não deveria ser assim?». Eles lá sabem.