Quando a vitória sorri ao mais forte, esgotam-se os argumentos da propalada «festa» da Taça de Portugal, que durou apenas 80 minutos na Lixa, antes de Carlitos abrir caminho para a vitória dos detentores do troféu sobre a equipa da II divisão. Num confronto entre jovens treinadores, que se chegaram a defrontar nos relvados do escalão principal, Hélio Sousa venceu Sérgio Abreu, que assinalou o primeiro jogo oficial no comando técnico do Lixa, na presente temporada, com uma derrota no marcador mas uma vitória moral. O mais importante, lembra Hélio Sousa, foi a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal, para evitar que o V. Setúbal surgisse nas primeiras páginas dos jornais de quinta-feira como o gigante que tombou frente a uma equipa do terceiro escalão.
«Já esperavamos estas dificuldades, basta lembrar que o Penafiel passou por aqui e perdeu por números convincentes (4-0). Os meus jogadores foram enormes, porque neste tipo de confrontos as diferenças são mínimas. Agora, vamos esperar pelo sorteio, não temos preferência pelo próximo adversário», referiu o treinador sadino, admitindo ser extremamente difícil a revalidação do título: «É muito difícil, não o posso esconder, renovar o título de vencedor da Taça, mas estamos vivos, continuamos na prova e vamos hornar os pergaminhos do clube. A última coisa que queríamos era aparecer nas primeiras páginas dos jornais de amanhã ao lado do tomba-gigantes».