Tiago Monteiro não escondeu nem por um minuto a alegria do terceiro lugar em Indianapolis. Michael Schumacher e Rubens Barrichello, por exemplo, nem festejaram o pódio. Limitaram-se a receber os prémios e a recolher ao interior. O piloto português festejou efusivamente, abriu o champanhe e sorriu muito. «É uma mistura muito grande de sentimentos», começou por dizer depois na sala de imprensa. «Estou a viver o dia mais incrível da minha vida».
O piloto da Jordan foi o terceiro a falar, depois dos dois primeiros classificados, tendo a primeira pergunta o colocado perante o surrealismo de um Grande Prémio disputado apenas por seis pilotos. Tiago Monteiro não foi hipócrita nem alinhou nos lamentos dos dois colegas da Ferrari. «Obviamente não consigo estar tão desapontado como estão Schumacher e Barrichello», referiu. «Isto foi muito importante para mim. É um dia incrível na minha carreira».
Apesar disso, não escondeu que não foi uma corrida normal. «Não sabia o que pensar. Perguntava onde raio estávamos. Era uma situação muito estranha, mas estou muito feliz por estar aqui». Até porque não tinha nada a ver com os problemas dos outros, claro. «Nós tivemos os nossos problemas também e aguentamo-nos. A decisão deles não participar foi muito prejudicial para o espectáculo. O que importa é que era preciso estar presente, estar no fim, ser competitivo. Foi uma luta muito grande com o meu colega de equipa para fugir o mais possível, nenhum de nós estava a fingir, estava tudo a atacar ao máximo. Foi um Grande Prémio muito difícil».
Agora só quer festejar. «É muito difícil explicar o que significa o que aconteceu hoje. Para mim, para a minha família, para os meus amigos, para os meus patrocinadores, para a minha equipa, este pódio é dedicado a eles. Muito obrigado por ter acredito em mim. É o meu primeiro ano no Mundial, consegui terminar as noves provas e hoje consegui o primeiro pódio, é realmente muito bom».