O grande mal, já se percebeu, foi a paupérrima aparição dos azuis e brancos no primeiro tempo. Cinco mexidas na equipa inicial, ritmo baixo, desinteresse quase viral pelo jogo, passes falhados, desinspiração latente em quase todas as ações.
A salvação do dragão surgiu aos 53 minutos. Jan Oblak fez falta grosseira sobre Jackson Martinez na grande área, foi expulso e James Rodríguez aproveitou para fazer golo de penalty. Perante esta importante incidência, a lógica vigente foi invertida por completo.
A passadeira vermelha estendeu-se aos bicampeões nacionais, o F.C. Porto limitou-se a posar para os flashes, a sorrir para os adeptos e a aproveitar a superioridade (no marcador e no número de atletas) para edificar um resultado amplo: 4-0.
Castro e Moutinho anti-facilitismo
Uma avaliação rigorosa impõe, por isso, uma clara divisão nesta análise. O que foi o Porto antes do primeiro golo e o que foi o Porto depois desse momento. Vítor Pereira terá novamente de se preocupar com a aflitiva lassidão da equipa no arranque do jogo.
Esta é quase uma imagem de marca nos dragões. Entram permissivos, demasiado confiantes, à espera que a circulação de bola (competente) tudo resolva. Desta vez, já agora, nem essa circulação apareceu com qualidade.
A FICHA DO JOGO
Castro e João Moutinho foram durante um largo período os únicos capazes de acelerar, distribuir e agitar qualquer coisa. O Rio Ave piscou o olho, sentou-se confortavelmente no reduto defensivo e experimentou duas ou três saídas para o ataque, também sem criar grandes alaridos.
Ukra fez um bom remate, Hassan antecipou-se uma vez a Fabiano, mas o nulo punia duas equipas que olhavam para o avançar do relógio e apenas encolhiam os ombros. Como se nada houvesse a fazer para suster o miserabilismo.
15 minutos para Liedson e vermelho para Izmaylov
O erro de Jan Oblak surgiu do nada e empurrou o F.C. Porto para um final de tarde sorridente. O golo e o aumento do espaço disponível permitiu boas saídas pelas linhas, envolvimentos telepáticos, remates ameaçadores e mais três golos. Tudo natural.
Fernando fez o 2-0, após assistência de Defour, o próprio Defour aumentou as contas para 3-0 e Mangala fechou o marcador no último suspiro. Liedson entrou para jogar 15 minutos e dar alguma razão a Vítor Pereira (está mal o levezinho!) e Izmaylov viu um vermelho direto por suposta agressão a Vilas Boas.
A segunda parte salvou a tarde a 12 mil espetadores.
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