Tomás Costa lamenta a lesão de Hulk e defende que os árbitros não têm protegido os jogadores do F.C. Porto de entradas duras. O médio deixou a sua opinião na «super flash» de antevisão da partida frente ao V. Setúbal.
«Estamos um pouco magoados, porque já esperávamos que isto acontecesse. Já nos tínhamos queixado que sofríamos muitas faltas, mas nada foi feito. Vamos tratar de ganhar também por isso», começou por dizer o médio dos dragões esta quinta-feira.
Tomás lamentou que ninguém tenha agido de forma a proteger «um jogador que faz a diferença» e admitiu que isso influencia a forma de jogar de um atleta. «Não sei se havia um objectivo claro de lesionar o Hulk, o que sei é que se joga muito forte nele. Os árbitros têm-nos dado amarelos por chutar a bola para longe, ou por falar, mas não têm protegido as entradas duras de que somos alvo. Jogo a jogo isso tem acontecido e um jogador não aguenta essas coisas. Nem o Hulk, nem o Lucho, nem Lisandro, nem Rodríguez», comentou o argentino, para contrapor com as prestações de um dos seus capitães.
«Há faltas que só são marcadas porque é o Bruno que disputa os lances»
«O Bruno [Alves], por exemplo, é um jogador forte. Mas quantos amarelos tem? Quantas expulsões tem? Há vários tipos de faltas, há faltas que só são marcadas porque é o Bruno que lá está e outras faltas, como a que o Hulk sofreu, que não são assinaladas a nosso favor», defendeu o médio dos tricampeões nacionais.
O argentino apresentou inclusive exemplos concretos de momentos em que, na sua opinião, o F.C. Porto foi prejudicado pela complacência dos juízes. «No jogo com o Guimarães, aos 15 minutos, o Hulk já tinha sofrido seis ou sete faltas. É lamentável! Isso acontece noutras equipas com os jogadores que fazem a diferença, está a passar-se com Messi, por exemplo. Nós estamos tranquilos porque sabemos que ele é forte e que vai recuperar rápido, mas têm jogado duro contra nós. Está bem que somos os líderes, somos o rival a abater, mas há que pensar que somos todos colegas e trabalhamos para um mesmo objectivo: cuidar da nossa saúde e respeitarmo-nos dentro do campo», censurou o número 20 dos azuis e brancos.
«Quem sabe se as contrariedades não nos fortalecem?»
A perspectiva de haver um F.C.Porto menos forte à custa das lesões de dois dos principais suportes da equipa é que está posta de parte por Tomás Costa.
«Quem sabe se não nos fortalecem mais? É natural que nos prejudique um pouco porque são jogadores importantes, toda a gente o sabe. Mas temos bons jogadores para os substituir. Qualquer um que está no F.C.Porto tem capacidade para jogar, só tem que demonstrá-lo. É lamentável que estas coisas [lesões] aconteçam mas estamos fortes», garantiu o médio, adiantando ter havido «uma reunião entre os jogadores para discutir a situação.»