A Académica parte em vantagem para a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal depois de ter esperado mais de 90 minutos para fazer um golo. O jogo foi globalmente fraco e os oliveirenses estiveram a escassos segundos de levar a discussão para Santa Maria da Feira mas um voo de Habib, ele que já havia ensaiado o golo várias vezes, acabou por ditar o resultado. Fica, todavia, a boa imagem da equipa de Pedro Miguel.

Esta Oliveirense continua a surpreender, mostrando bom futebol, sem precisar de autocarro como lembrou na véspera do seu técnico. Ideias arrumadas, jogo fluido e apoiado, sem medo de encarar o adversário, de um escalão superior, olhos nos olhos. Há experiência (Adriano, Chico Silva, Rui Lima...), mas também valores emergentes, como Nuno Lopes (irmão gémeo do defesa do Sp. Braga, Oliveira ou Clemente.

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A Académica pareceu acusar o momento e abordou o jogo com pouca dinâmica, com processos demasiado lentos e denunciados perante uma Oliveirense aguerrida e muito bem organizada. A Briosa nem parecia aquela equipa entusiasmante que tem feito por merecer o sexto lugar na Liga.

Sem conseguir aproximações perigosas à baliza de Bruno, os homens da casa permitiam contra-ataques ao adversário e, valha a verdade, foram mesmo os forasteiros que estiveram mais perto do golo nos primeiros 45 minutos. Jogando, por vezes, no limite do fora-de-jogo, os homens de Pedro Miguel revelavam-se ameaçadores quanto baste.

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A melhor oportunidade deste período pertenceu, de resto, a Ivan Santos, quando apareceu sozinho na cara de Ricardo, mas faltou-lhe a pontaria. A Oliveirense, de resto, também se mostrou acutilante nas bolas paradas e tudo isto perante uma Briosa quase inoperante, inexplicavelmente bloqueada, a precisar rapidamente de um abanão ao intervalo.

Briosa acelera mas não chega

Já não foi a primeira vez que Pedro Emanuel teve de «puxar as orelhas» aos jogadores ao intervalo e com resultados visíveis. A fórmula voltou a ser aplicada e, na segunda parte, a Briosa subiu de rendimento. Éder deu o mote, com um cabeceamento ao lado, mas era preciso fazer muito mais.

A Académica subiu um pouco das linhas e meteu velocidade no jogo, sem todavia retirar daí resultados práticos pois a formação de Oliveira de Azeméis continuava bem posicionada e solidária. Rui Miguel, acabado de entrar, teve um disparo a rasar as redes laterais, tentando mais um abalo na estrutura forasteira.

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Logo de seguida, Danilo teve tempo para escolher onde queria meter a bola mas errou o alvo e o tempo foi passando, com a ansiedade a apoderar-se dos locais, incapazes de materializar em golos a supremacia evidenciada em campo. Abdoulaye fez palpitar alguns corações, mas estava escrito que seria o colega de sector a encontrar o caminho das redes.

O lance nasce de um canto, já nos descontos, depois de uma grande defesa de Bruno. À segunda, o guarda-redes fica mal na fotografia e Habib não perdoa. Ainda há mais 90 minutos para jogar, mas esta curta vantagem pode fazer a diferença.