A figura: Matic

Continua a reforçar a sua influência no setor intermediário do Benfica. O fantasma de Javi Garcia não pesa sobre ele. Matic encara os jogos com uma leveza que não deve ser confundida com falta de entrega. Pelo contrário. Por vezes, se calhar mais do que seria aconselhável., recorre ao físico para se impor, correndo riscos do ponto de vista disciplinar. De qualquer forma, é nesta altura fundamental no setor intermediário do Benfica. Para além disso, um golo que desencravou a eliminatória, com a ajuda involuntária de Anilton.

O momento: minuto 79

A situação começa a verificar-se com demasiada regularidade. Quebras de luz em jogos de futebol dão uma má imagem ao futebol português. Para este jornalista, por exemplo, é o segundo exemplo num par de semanas. Assim foi em Braga, na Liga dos Campeões, frente ao Manchester United. Agora na Taça de Portugal, em Moreira de Cónegos. Não se pode tornar um hábito. Foram cerca de vinte minutos de espera. É pena.

Outros destaques:

Jardel

Aproveitou bem a ausência de Luisão, foi elogiado por Jorge Jesus e provou em Moreira de Cónegos que tem valor para servir de alternativa válida à dupla natural, formada por Garay e Luisão. Boa capacidade de reação, importante nos lances pelo ar. Desempenho acima da média.

Filipe Gonçalves

Um dos mais inconformados entre os locais. Clarividência acima da média, sem se intimidar. Apareceu na área contrária com regularidade na fase de maior pressão.

Luisão

Regresso muito saudado ao onze, no final de uma longa ausência de dois meses devido a castigo. Recuperou a braçadeira de capitão e fez sentir a sua autoridade desde o apito inicial. Bom par de cortes na etapa inicial do encontro. Contudo, denotou ainda alguma falta de ritmo. Natural. Entrada perigosa sobre Renatinho logo após o intervalo, merecendo um aviso de Duarte Gomes. Pouco depois, um erro que Jardel corrigiu. Luisão está de volta.

Ricardo Andrade

Titular na Taça de Portugal, foi adiando o golo do Benfica até ao limite das suas possibilidades. Boas intervenções na primeira hora de jogo, não hesitando em afastar a soco sempre que necessário. Fora do lance no tento de Matic. O Moreirense não mais recuperou.

Luisinho

Bela primeira parte, em termos ofensivos, formando uma dupla acutilante com Nolito. Esteve nos principais lances de perigo da equipa encarnada nesse período, com duas quedas na área e um remate muito perigoso à baliza de Paulo Lopes. A defender, algum nervosismo. Pior ficou quando, em cima do intervalo, foi confrontado em alta voz por Jorge Jesus. Respondeu à letra mas percebe-se que a relação entre jogador e treinador não é fácil. Encolheu-se na segunda metade, ficou ainda mais nervoso e estragou tudo o que tinha construído. O mesmo jogador, duas faces.