O P. Ferreira de Henrique Calisto conseguiu a primeira vitória que dá consistência às melhorias que a equipa começa a evidenciar. Depois do empate em Arouca, da derrota em Dnpro, seguiu-se um triunfo este domingo, em Tondela, para a Taça de Portugal.

Falta saber se isto será o tónico esperado para a equipa, finalmente, se libertar do estigma que lhe pesa, mas, para além dos efeitos colaterais, importa realçar a forma bastante injusta como os castores ganharam, no canto do cisne, depois de um jogo em que a equipa da II Liga esteve bem melhor.

Aliás, a turma da casa cedo perdeu o respeito ao adversário da I Liga. Acertadas as marcações, testados os limites dos castores, os tondelenses lançaram-se no ataque sem receios.

O Tondela estava mais rematador, mas nem sempre com o melhor critério ou qualidade a finalizar. O Paços respondia com um jogo menos vivo, mais articulado, e menos acutilante. O melhor momento aconteceu até já próximo do intervalo, quando os pacenses decidiram acelerar um pouco o jogo.

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Na retina ficaram, sobretudo, os inúmeros remates de Calé, do Tondela, e uma boa defesa (a única?) de Cláudio Ramos após um desvio de cabeça de Ricardo já na pequena área. Era óbvio que as duas equipas teriam de fazer muito mais na segunda parte se quisessem seguir para os oitavos de final da Taça.

Henrique Calisto, que já tinha trocado Rúben Ribeiro por Fernando Neto ao intervalo, viu-se forçado a tirar Carlão logo nos primeiros instantes. O brasileiro vinha de lesão prolongada e, para azar, voltou a sofrer muito possivelmente nova mazela de índole muscular.

No campo, o jogo não se alterava, com o Tondela cada vez mais atrevido e o Paços sem soluções, pese um ou outro contra-ataque. Tozé Marreco esteve muito perto de inaugurar o marcador, mas bola tabelou num adversário, e a equipa da casa continuou a carregar.

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A única exceção no ascendente verde-amarelo (o Paços jogou com o equipamento alternativo) foi uma jogada de contra-ataque dos castores, com Manuel José a solicitar o cabeceamento de Seri, mas Cláudio Ramos voou e mandou a bola para canto.

Quando todos esperavam o prolongamento, num lance fortuito, em que há mérito, ainda assim, de Fernando Neto, o guardião tondelense foi infeliz no ressalto, a bola sobrou para Irobiso, e o Paços carimbou a passagem… ao soar do gongo. 

Um rude golpe no ânimo de Álvaro Magalhães, que se estreou à frente da equipa, depois de render Vítor Paneira.