Era apenas o segundo jogo entre Trofense e Estrela da Amadora, por isso pouco havia para trás para além da vitória dos amadorenses na primeira volta. E o segundo capítulo da história começou com dois remates para cada lado, mas cedo chegou à parte mais interessante. O golo de Jardel, aos dez minutos, foi demasiado madrugador. Para o jogo, claro, não para as equipas.
O 1-0 fez com que o Estrela entrasse em controlo da partida. O Trofense tinha de correr atrás da igualdade, mas nada mais conseguia do que criar perigo nas bolas paradas. E aí, a jogada era recorrente: bola para o mais alto, Valdomiro, a ver se o gigante conseguia fazer alguma coisa.
Assim, o máximo que o Trofense conseguiu nos primeiros 45 minutos foi um remate no chão de Reguila, ao qual Nelson respondeu com defesa a segurar a vantagem. De resto, o encontro era jogado apenas pela vontade e não com virtuosismo técnico dos intervenientes. Excepção para Silvestre Varela, diga-se.
Ao intervalo, o Estrela justificava a vantagem, não pelo que fez até chegar ao golo, mas por aquilo que executou (e não deixou fazer) depois do 1-0. A primeira parte não ia deixar saudades a ninguém e na Trofa já quase todos pensavam no intervalo, para, ao menos, a barriga ficar mais confortável que a vista.
Melhor Trofense, só podia
O início de segunda parte prometeu algo mais no encontro. Pinheiro substitui Rui Borges e deu o primeiro sinal de perigo. De longe, atirou forte e em direcção à baliza. Nelson estava lá para socar a bola.
O Trofense vinha melhor dos balneários e começou a acercar-se da baliza de Nelson, empolgado pelo público, que foi incansável no apoio à equipa. Desse modo, conseguiu o empate.
A tal jogada recorrente até deu frutos, embora Valdomiro não participasse no lance. Ao enésimo cruzamento para a área de Nélson, duas falhas, uma atacante, outra defensiva, levaram a bola aos pés de Chad. O melhor dos da casa até então não desperdiçou e colocou justiça no marcador, pois o Trofense já fizera o suficiente para o empate.
Depois, o jogo não teve nada a ver com aquela primeira parte desinteressante, a provar que o intervalo soube bem às duas equipas. Nélson fez defesa espantosa a cabeçada de Valdomiro, enquanto do outro lado, Marco via um remate de Celestino bater na trave.
Num jogo de duas caras, a igualdade tem de aceitar-se. O Estrela marcou cedo e soube defender a vantagem no primeiro tempo (talvez por isso tenha sido aborrecida). O Trofense só podia reagir, melhorou, e mereceu o golo. Ainda assim, o ponto sabe melhor aos tricolores que aos da casa, mas apenas e só por condicionalismos na tabela.